1 mês atrás 13

Camada de ozônio dá sinais de recuperação e pode se fechar até 2066, aponta OMM

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um novo relatório que registrou sinais de recuperação da camada de ozônio da Terra. Segundo o boletim divulgado em setembro de 2025, o buraco sobre a Antártida, revelado nos anos de 1980, foi menor que nos últimos anos e tem previsão de se fechar no meio do século. Além disso, o documento mostra que a melhora aconteceu graças ao trabalho conjunto da ciência e de países ao redor do mundo.

O documento divulgado pela OMM demonstrou que caso os atuais acordos sejam mantidos pelos 198 países que validaram o Protocolo de Montréal, a expectativa é que a recuperação de forma completa da camada de ozônio aconteça até 2066 na Antártida e até 2040 no mundo. Com isso, será reduzido significativamente “os riscos de câncer de pele, cataratas e danos ao ecossistema devido à exposição excessiva à UV”, como explicou a organização em um trecho do documento.

 Reprodução/Nasa Comparativo das dimensões do buraco de ozônio em 2002 e 2003 — Foto: Reprodução/Nasa

Relembre o Protocolo de Montréal

O Protocolo de Montréal é um acordo internacional de 1989 cujo objetivo é eliminar a produção e o consumo de substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Este protocolo foi assinado em 16 de setembro de 1987, entrando em vigor só em 1º de janeiro de 1989, onde 198 países e territórios, incluindo a União Europeia, ratificaram medidas que controlam a produção e o uso de gases que destroem a ozonosfera. Entre os principais gases a serem combatidos estão os clorofluorcarbonetos (CFCs), os hidroclorofluorcarbonetos (HCFCs), o tetracloreto de carbono (CTC) e o brometo de metila.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, este protocolo permitiu que 99% de substâncias perigosas, usadas em sprays, aparelhos de ar-condicionado, sistemas de refrigeração e até em espumas, fossem eliminados. Com a ozonosfera mais espessa no período do verão até o outono, menos radiação UV chegou ao solo no hemisfério norte durante o período.

Recuperação da camada de ozônio no Ártico

Em março de 2024, os cientistas observaram que a camada de ozônio estava 14% mais espessa do que a média dos últimos 60 anos, abrangendo o período de 1960 a 2023. Com a ozonosfera mais espessa do verão até o outono, menos radiação UV alcançou o solo no hemisfério norte durante esse intervalo. Além disso, a profundidade do buraco sobre a Antártida ficou abaixo da média de 1990 a 2020, o que significa, segundo o relatório da OMM, uma “recuperação contínua do ozônio estratosférico”.

“Hoje, a camada de ozônio está se recuperando. Essa conquista nos lembra que, quando as nações atendem aos alertas da ciência, o progresso é possível”, comemorou António Guterres, secretário das Nações Unidas. A secretária geral da OMM também comemorou e ressaltou que a recuperação é fruto do “acordo ambiental mais bem-sucedido do mundo”.

Com informações de EBC e Observatório do Clima

Essa matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Conheça o projeto aqui 👈

 Divulgação/Um Só Planeta Um Só Planeta — Foto: Divulgação/Um Só Planeta

🎥 Descubra como aumentar a vida útil do seu dispositivo e reduzir o lixo eletrônico

 5 formas de aumentar a vida útil dos dispositivos

Menos lixo eletrônico: 5 formas de aumentar a vida útil dos dispositivos

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro