O Canal do Panamá "não é uma concessão nem um presente" dos Estados Unidos, disse o presidente panamenho, José Raúl Mulino, nesta quarta-feira (22) após novas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de "retomar" o controle da hidrovia interoceânica.
Em uma mesa redonda no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Mulino rejeitou "tudo o que o Sr. Trump disse, primeiro porque é falso e, segundo, porque o Canal do Panamá pertence ao Panamá e continuará a pertencer ao Panamá".
Mulino também demonstrou destempero ao ser perguntado se temia uma possível invasão dos EUA, à qual respondeu "fala sério, fala sério". O panamenho se recusou a responder outras perguntas após participar de um painel sobre as "falhas estruturais" da América Latina no fórum.
Em seu discurso de posse na segunda-feira (20), Trump reiterou sua intenção de assumir o controle do Canal do Panamá. Ele não detalhou como pretende fazer isso, mas não descartou o uso de força militar.
Trump discursa para apoiadores após tomar posse como presidente — Foto: Greg Nash/Pool via Reuters
No entanto, o presidente panamenho defende, como disse na segunda-feira, que o canal "não foi uma concessão de ninguém", mas o resultado de lutas populares e dos tratados assinados em 1977 pelo então presidente Jimmy Carter, segundo os quais o controle do canal foi entregue ao Panamá em dezembro de 1999.
"Não se pode passar por cima do direito internacional público (...) para impor critérios em uma era muito distante da de Teddy Roosevelt", disse o presidente panamenho, referindo-se ao presidente dos EUA que supervisionou a construção do canal interoceânico há mais de um século.
Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou na quarta-feira que o país "não participa da administração e da operação do canal e nunca interferiu nos assuntos do canal".
Mulino pediu cooperação com os EUA em outras questões, principalmente de segurança. "A partir dessa crise, vamos chamá-la de crise, também deve haver oportunidades de trabalhar em outras questões que nos interessam com os Estados Unidos e nas quais temos trabalhado ao longo do tempo, questões de segurança", disse ele. "Temos um enorme problema de migração na fronteira com a Colômbia", disse ele.

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9 meses atrás
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