O Centro de Excelência em Sistemas Embarcados para Agricultura Digital (em inglês, Center for Embedded Devices and Research in Digital Agriculture - Cedra) ganhará uma nova estrutura de cinco andares na sede do Sistema Fiergs, em Porto Alegre, com entrega prevista para 2027. O edifício, que receberá R$ 50 milhões em investimentos do Sesi-RS e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), abrigará a etapa voltada à formação de profissionais de pós-graduação, disseminação de conhecimento e estímulo à criação de startups em tecnologias emergentes para o agronegócio.
Somado ao investimento já em curso no Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Sensoriamento, em São Leopoldo, o aporte total do projeto chega a R$ 110 milhões. Lá, desde 2024, estão sendo aplicados R$ 60 milhões em infraestrutura de hardware, máquinas, equipamentos e laboratórios, além da contratação de equipes técnicas.
O anúncio foi detalhado pelo presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, e pela diretora-geral de Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS, Susana Kakuta, em encontro com os dirigentes da Embrapii, Alvaro Toubes Prata e Marcelo Prim.
Embora o primeiro ano tenha sido de estruturação e montagem da infraestrutura, Susana Kakuta destaca que o Cedra já apresenta avanços concretos. Entre as metas alcançadas estão a contratação de 48 profissionais altamente qualificados, entre mestres e doutores; a conexão com 18 startups de base tecnológica; a prospecção de projetos de pesquisa e inovação em andamento e as primeiras publicações internacionais derivadas dos trabalhos iniciados.
Segundo ela, a enchente de 2024 impactou o cronograma, mas a estrutura de São Leopoldo está agora em fase final de instalação de equipamentos.
“Esse primeiro ano foi dedicado a montar o time e a infraestrutura. Agora, com as bases prontas, o centro começa a aprofundar o desenvolvimento de novas tecnologias”, afirmou Susana ao Jornal do Comércio.
Susana também destacou que o Cedra integra uma iniciativa inédita da Embrapii, voltada ao desenvolvimento de deep techs - tecnologias disruptivas que ainda não existem no mercado.
“É a primeira vez que a Embrapii cria um programa com esse propósito. Fazemos parte de um seleto grupo de 10 centros de excelência que seguem modelos de referência internacional, como os dos Estados Unidos e da China. O objetivo é que, a partir dessa base de conhecimento e infraestrutura, surjam tecnologias que hoje ainda não existem”, explicou.
Para o presidente da Fiergs, Claudio Bier, o Cedra fortalece a posição do Rio Grande do Sul na agenda da inovação. “Um centro de competência abre caminho para a criação de um polo de tecnologia e inovação de grande porte. Queremos exportar produtos com maior valor agregado, que gerem mais renda e empregos”, disse o dirigente.
A identidade visual apresentada durante o evento busca traduzir esse espírito de inovação, mesclando elementos do digital e do agronegócio com cores vibrantes, como roxo, rosa e laranja.
Os representantes da Embrapii ressaltaram o papel estratégico do centro para o País. Alvaro Prata lembrou que a Embrapii tem nove centros de competência, e o do Rio Grande do Sul é o único dedicado à agricultura digital. "Ele vai atender à indústria gaúcha e também às demandas nacionais, atraindo empresas e investimentos.”
Já o diretor de Operações, Marcelo Prim, lembrou que se trata de uma aposta de longo prazo. “Estamos falando de transformação. É uma cultura nova para o Brasil e para o Rio Grande do Sul. Ver esse avanço, com bases sólidas, nos dá confiança de que terá continuidade”, concluiu.

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