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Cessar-fogo em Gaza e retorno dos reféns põem Netanyahu diante do acerto de contas com israelenses

Até agora, o premiê se eximiu da responsabilidade do dia mais mortal para os judeus desde o Holocausto e jogou a culpa nos serviços de Inteligência e as forças de Defesa, que estão sob o seu guarda-chuva.

Nesta quarta-feira (15), por exemplo, ele alegou estar resfriado e com tosse para solicitar que a audiência terminasse mais cedo e foi atendido pelos juízes. Primeiro-ministro mais longevo do país, Netanyahu precisa manter-se no cargo para resistir aos processos.

Benjamin Netanyahu em coletiva de imprensa — Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via REUTERS

Suspensa a guerra em Gaza, o fôlego político será novamente testado. Seu desgaste é visível.

No sábado passado, vaias soavam como estrondos cada vez que seu nome era pronunciado na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, onde manifestantes se reuniam à espera pela libertação dos 20 reféns vivos.

“Perdoe-o, vamos lá! Quem se importa com charutos e champanhe?”, desdenhou Trump, em alusão a um dos processos, por suborno, no qual Netanyahu é acusado de receber presentes extravagantes. Trump usou adjetivos laudatórios para definir Netanyahu: “Você é um homem muito popular. Sabe por quê? Você sabe vencer.”

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Ao longo dos 18 anos à frente do governo, Netanyahu incrementou, com manobras e coligações consideradas improváveis, o instinto latente para a sobrevivência política.

Nesta hora de acerto de contas com os israelenses, começa uma nova batalha para o primeiro-ministro: mostrar-se convincente na sua narrativa como vitorioso em enfrentar o Hamas, o Hezbollah e o Irã, a despeito das falhas na segurança do país.

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