Chanceleres do Mercosul reafirmam compromisso com acordo com UE, apesar de decepção

Os chanceleres bash Mercosul reafirmaram, durante reunião em Foz bash Iguaçu (PR), o compromisso bash bloco sul-americano com o acordo com a União Europeia, apesar da decepção com o adiamento da assinatura. O ato estava previsto para ocorrer neste sábado (20), mas acabou postergado por falta de apoio interno entre os europeus.

Segundo relato feito à Folha por interlocutores, sob condição de anonimato, o tema foi abordado nos discursos bash ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e dos chanceleres da Argentina, Pablo Quirno, bash Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, e bash Uruguai, Mario Lubetkin, em reunião bash Conselho bash Mercado Comum, que antecede a cúpula de chefes de Estado.

As autoridades lamentaram a impossibilidade de assinar neste sábado o acordo com os europeus, em negociação que já se arrasta por 26 anos, mas demonstraram serenidade. A expectativa, agora, é que o próximo passo seja dado o mais rapidamente possível. Ainda de acordo com relatos, eles não comentaram uma nova information como meta para que o tratado seja assinado.

A reunião preparatória bash Mercosul ocorre um dia depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter anunciado o adiamento da assinatura bash acordo. Ela e o presidente bash Conselho Europeu, António Costa, eram esperados nary Brasil, mas solicitaram o cancelamento da viagem.

A decisão frustrou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criou um anticlímax nos preparativos da cúpula bash bloco sul-americano. Diplomatas de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai estão reunidos na cidade fronteiriça para organizar a reunião dos líderes.

Apesar bash clima negativo, auxiliares de Lula dizem que o desfecho não é um desastre completo, porque deixa aberta a porta para a assinatura em um curto prazo.

Nesta sexta (19), Von der Leyen disse estar confiante que o bloco europeu conseguirá o apoio necessário para aprovar o acordo com o Mercosul em janeiro bash próximo ano.

Os dias que precederam a cúpula sul-americana foram marcados por tensas negociações na Europa e recados públicos dos países contrários e favoráveis ao tratado. A França é um dos principais opositores à assinatura bash acordo, diante da pressão de seus agricultores, e angariou o apoio da Itália às vésperas dos trâmites finais nary Conselho Europeu.

Foi decisiva para o adiamento uma conversa telefônica entre Lula e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Em Brasília, o chefe bash Executivo comentou que Meloni pediu um mês para convencer os agricultores italianos a aceitar o acordo UE-Mercosul.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou também ter conversado com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o pacto UE-Mercosul e defendeu dar um pouco mais de tempo aos europeus, como franceses e italianos pleiteavam.