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Comércio de carros eletrificados cresce e RS ainda carece de infraestrutura

A crescente do comércio de carros eletrificados levanta o debate sobre a capacidade do Estado de suprir uma nova demanda. O Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS) informou que a venda destes veículos, híbridos e elétricos, registrou um aumento de 99,01% no comparativo entre os meses de setembro de 2024 e 2025. No acumulado dos anos, a alta nos híbridos foi de 65,98%, enquanto os elétricos cresceram 52%.

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A crescente do comércio de carros eletrificados levanta o debate sobre a capacidade do Estado de suprir uma nova demanda. O Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS) informou que a venda destes veículos, híbridos e elétricos, registrou um aumento de 99,01% no comparativo entre os meses de setembro de 2024 e 2025. No acumulado dos anos, a alta nos híbridos foi de 65,98%, enquanto os elétricos cresceram 52%.

O presidente do Sincodiv-RS, Jefferson Fürstenau, conta que, ao todo, foram pouco mais de 10 mil vendas desta categoria em 2025, o que representa cerca de 10% do emplacamento estadual. Entretanto, faz a ressalva que, da frota que circula nas ruas, além dos veículos zero quilômetro, o montante é inferior a 1% do total.

O hub de carros elétricos Carregados aponta que, hoje, existem 890 estações de carregamento e eletropostos no território gaúcho. Destes, 546 são públicos, 139 privados, 134 de carregamento rápido e 71 estão em manutenção. Fürstenau avalia o número como insuficiente. E relata que a principal dificuldade está no planejamento para viagens.

Enquanto Porto Alegre, com 135 pontos, consegue atender a população, os longos percursos exigem um cuidado especial para não ficar à deriva na estrada. “Você tem que fazer uma viagem totalmente planejada e com paciência. Até porque esses carregadores têm tempos completamente diferentes e podem ser demorados”, explica o presidente.

“E varia por regiões. Na Serra está muito bom o suporte. Gramado é espetacular. Pelo número de hotéis e pelos pontos de carregamento do próprio município. Já o Litoral está deficitário”, completa.

Quem se enquadra no cenário exemplificado por Fürstenau é a estudante universitária Paris Goulart. Ela conta que, na Capital, roda cerca de 50 km nos dias mais corridos e carrega seu carro, 100% elétrico, uma vez por semana.

Por outro lado, quando precisa viajar, o planejamento é outro. Com um carregador próprio e a autonomia de 200 km, relata que uma viagem ao Litoral Norte é possível, com uma carga completa antes de sair e outra ao chegar na praia. Cada uma dura seis horas.

Porém, para distâncias maiores, encontra dificuldades. “Tem que ver lugares no caminho para carregar. É um pouco mais complicado porque são poucos pontos e demora bastante”, frisa Paris.

A estudante também destaca que, quando fez a compra do veículo, em dezembro do ano passado, ficou isenta de pagar o IPVA, como um incentivador para fechar o negócio. Essa é uma medida única do Rio Grande do Sul, que não abrange os híbridos.

Dentre os privilégios para o proprietário destes automóveis, também estão os pontos gratuitos de carregamento. Fürstenau, entretanto, não acredita que isso irá perdurar por muito tempo. “Só para instalar um carregador relativamente eficiente, é preciso puxar uma rede elétrica separada, e ele custa em torno de R$ 15 mil, mais a instalação que vai custar uns R$ 12 mil. Por que eu vou fazer um investimento de R$ 25 mil e não vou cobrar nada?”, infere.

Os pontos públicos podem ser encontrados principalmente em concessionárias, postos de gasolina e shoppings. Um caso conhecido em Porto Alegre é o BarraShoppingSul, que tem o equipamento gratuito à disposição do condutor. Paris relata que, quando não carrega seu carro em casa, utiliza o serviço do espaço.

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