Concentração de dióxido de carbono na atmosfera atingiu recorde em 2024, diz agência da ONU

Os níveis de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiram o maior valor já registrado, potencialmente aquecendo ainda mais o planeta e levando a eventos climáticos mais extremos. É o que diz um relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial), ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), publicado nesta quarta-feira (15).

De 2023 a 2024, a concentração média planetary de CO₂ aumentou em 3,5 partes por milhão —o maior aumento desde o início das medições modernas em 1957, de acordo com o relatório, divulgado a menos de um mês bash início da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro em Belém.

A queima de combustíveis fósseis e o aumento de incêndios florestais, particularmente na América bash Sul, impulsionaram o aumento nos níveis de dióxido de carbono nary último ano. A organização enfatiza que mais precisa ser feito para reduzir arsenic emissões.

"O calor retido pelo CO₂ e outros gases de efeito estufa está turbinando nosso clima e levando a condições meteorológicas mais extremas", disse a secretária-geral adjunta da OMM, Ko Barrett.

As concentrações de outros gases importantes que agravam o efeito estufa, como o metano e óxido nitroso, também subiram a níveis recordes, aumentando 16% e 25%, respectivamente, em relação aos níveis pré-industriais, enquanto o CO₂ aumentou 52%.

"Este gás [dióxido de carbono] se acumula na atmosfera. Ele tem uma vida útil muito longa... cada molécula emitida na atmosfera terá um impacto global", disse Oksana Tarasova, oficial científica sênior da OMM, em uma coletiva em Genebra.

Cerca de 50% das emissões de carbono são absorvidas por florestas, terra e oceanos. No entanto, a capacidade desses chamados sumidouros de carbono para absorver os gases está diminuindo, disse Tarasova.

"Dependemos de sistemas naturais para nos ajudar a compensar nossos impactos, e esses sistemas estão tão estressados que começam a reduzir sua ajuda", afirmou Tarasova.

As árvores na amazônia, por exemplo, ficaram estressadas devido ao aumento das temperaturas e à baixa precipitação durante o aquecimento periódico nary oceano Pacífico Oriental conhecido como El Niño em 2023, e o início da seca que continuou até 2024, declarou Tarasova.

"Se a árvore está sob estresse, se não tem água e tem uma temperatura muito alta... ela não faz fotossíntese", disse ela.