O Congresso nicaraguense, controlado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN, sigla esquerdista de Ortega), aprovou por unanimidade a reforma, enviada por Ortega há apenas dois dias com caráter de urgência.
Críticos e organizações internacionais vêm denunciado uma guinada autoritária de Ortega, que, neste ano, expulsou o embaixador do Brasil no país (leia mais abaixo).
A reforma tem diversos pontos que dão mais controle do Executivo sobre diferentes setores do país, entre eles:
- aumenta o controle do Executivo sobre a mídia;
- estende o mandato presidencial de cinco para seis anos;
- e cria os novos cargos de "copresidentes" — atualmente, esse posto é ocupado pela esposa de Ortega, que originalmente foi eleita vice-presidente na chapa do presidente.
Após aprovar a reforma em termos gerais, os legisladores começaram a revisar cada um dos 15 artigos incluídos nela, que serão votados de forma separada.
De acordo com a constituição nicaraguense, as reformas devem ser aprovadas em um segundo período legislativo — neste caso em 2025 — antes de entrarem em vigor. O governo nicaraguense ainda não havia dito, até a última atualização desta reportagem, se esperará o próximo período legislativo para colocar a medida em vigor.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também criticou a reforma e disse que Ortega e Murillo pretendem "aumentar seu controle absoluto do estado e manter sua posição no poder". Segundo o índice V-DEM, que mede o status das democracias pelo mundo, a Nicarágua é uma autocracia.
O atual presidente também governou o país por um mandato nos anos 1980, quando seu partido, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), derrubou em 1979 o ditador Anastasio Somoza. A derrubada de Somoza é conhecida como a Revolução Sandinista.
Com Ortega, os sandinistas governaram Nicarágua até 1990, quando foram derrotados na eleição presidencial realizada no país.
Expulsão de embaixador brasileiro

Relação entre Brasil e Nicarágua deteriora com expulsão de embaixadores
O gesto foi uma retaliação da Nicarágua pela ausência do Brasil nas celebrações dos 45 anos da Revolução Sandinista, mas também representou o ápice do afastamento entre Lula e Ortega, antigos aliados.
Em 2022, o governo de Daniel Ortega iniciou uma ofensiva contra a Igreja Católica do país, confiscando imóveis, dissolvendo ordens jesuítas e prendendo padres e bispos que denunciavam a guinada autoritária do líder esquerdista.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
11 meses atrás
25
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/2/J/BmXIWlQOOOl39kmfoayg/g5zaliuw4aaoaqc.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/A/B/0Bbn5OR42PyX8amx2GJQ/ap25274661581634.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/T/V/eswAQCSU6DC9bA3YcAHg/fake-prof.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/V/Z/HC7a7cQM6Mp3rp7IomFQ/2025-11-03t000240z-1313650634-rc2nohabbf7e-rtrmadp-3-usa-trump.jpg)


:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)









Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro