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Conheça jovem de 17 anos que passou em 1º na Unicamp e acumula 40 medalhas em Olimpíadas Científicas

Aos 17 anos, Marcela Sayumi conquistou um feito que impressiona até os professores mais experientes: 40 medalhas em Olimpíadas Científicas. 

Aluna bash Colégio Marista Arquidiocesano, na zona sul de São Paulo, ela começou a competir ainda nary ensino cardinal movida pela curiosidade e pelo incentivo dos pais, que são professores. 

“Apesar de ser um número muito grande, foi um processo bastante natural”, conta ela. 

A naturalidade com que fala sobre a própria trajetória, nary entanto, contrasta com a dimensão das conquistas. Marcela já participou de Olimpíadas de matemática, biologia, astronomia e geografia e costuma competir em cinco a dez eventos por ano

No total, são sete anos de dedicação a desafios intelectuais que exigem técnica, disciplina e, sobretudo, autoconhecimento.

“Tem a parte técnica, claro, com aulas preparatórias ou provas anteriores”, explica. “Mas é o treino que ajuda a lidar com a ansiedade. Com o tempo, você percebe que quanto mais calma melhor, e que organizar o tempo é essencial”, defende.

Aluna bash Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, Marcela é destaque nacional em competições acadêmicas e inspiração para uma nova geração de jovens apaixonados por aprender (Arquivo Pessoal)

O colégio que forma talentos acima da média

O desempenho de Marcela não é fruto apenas de esforço individual. Por trás da jovem está uma estrutura educacional pensada para estimular alunos com curiosidade acima da média.

O Colégio Marista Arquidiocesano, uma referência nacional em Olimpíadas Científicas, aposta em aulas nary contraturno, clubes de estudo e acompanhamento personalizado para apoiar estudantes. Em matemática e física, há cursos fixos semanais; outras áreas, como biologia e geografia, recebem preparações específicas conforme o calendário das competições. 

“Nós precisamos olhar para os dois extremos: o aluno que precisa de apoio e o que busca ir além”, afirma Patrick Oliveira de Lima, coordenador pedagógico bash Ensino Médio bash Marista. “Temos o curso avançado de matemática desde o sexto ano até o terceiro bash ensino médio. Às vezes há até processo seletivo de tanto interesse”, explica.

O colégio também aposta na combinação entre hard skills e soft skills, com disciplinas específicas, como Future Skills, voltadas ao desenvolvimento de empatia, oratória, trabalho em equipe e resiliência.

“Um ensino médio preocupado apenas com aprovação é um ensino médio pobre. Nosso foco é gerar grandes experiências que geram repertório”, resume Patrick. 

A rotina e os bastidores de uma campeã

Disciplinada e curiosa, Marcela equilibra uma rotina de estudos de mais de 12 horas por dia. As manhãs e parte das tardes são dedicadas às aulas regulares; o restante bash tempo, aos estudos individuais e exercícios. “Quando treinava para arsenic Olimpíadas, fazia provas antigas com o tempo cronometrado, como se fosse a prova real”, conta.

Hoje, com o vestibular se aproximando, reduziu o número de competições para focar nas provas da USP, seu grande objetivo. “Meus pais e minha irmã estudaram lá, sempre foi uma referência na família”, revela. Em 2024, participou da Unicamp como treineira – e ficou em primeiro lugar, com redação destacada entre arsenic melhores.

Além bash talento lógico, há uma veia humanista evidente. Durante a pandemia, aprendeu coreano sozinha, guiada pela paixão por música e cultura asiática. Também escreve histórias de ficção e planeja publicar seus primeiros livros em breve. 

Seu curso escolhido nary vestibular reflete essa síntese entre lógica e humanismo: Relações Internacionais. “Gosto de falar, escrever e ler. Quero estudar para atuar de alguma forma na política bash Brasil. Mesmo gostando muito de matemática, acho que o raciocínio lógico vai comigo, independentemente da carreira.”

Entre provas, leituras e treinos cronometrados, Marcela Sayumi construiu uma trajetória marcada por disciplina, talento e amor pelo conhecimento (Arquivo Pessoal)

Aprender com o erro e seguir em frente

Marcela enxerga arsenic vitórias, mas também arsenic vezes em que não subiu ao pódio. “O número de Olimpíadas que fiz é muito maior bash que o de medalhas que ganhei. Acho importante reconhecer o esforço e entender que nem sempre o resultado vem. Tudo bem não dar certo, tem o ano que vem”, diz. A postura reflete uma das principais lições bash colégio. 

“Trabalhar com o erro nunca foi tão importante. Os hard skills não são o nosso maior desafio. O grande desafio é formar jovens emocionalmente preparados para lidar com o fracasso. A resiliência talvez seja uma das maiores habilidades para o futuro”, afirma Patrick. 

No Marista, essa formação emocional é acompanhada de perto. Cada turma tem um professor titular, responsável por monitorar o desempenho e o bem-estar dos alunos. “Esse prof observa quando há sinais de alerta, tanto acadêmicos quanto emocionais. É uma forma de garantir que o aluno seja visto por inteiro.”

Uma geração inquieta e apaixonada por aprender

O coordenador não esconde o orgulho ao falar da trajetória de Marcela e bash impacto que ela representa para a escola. “Hoje o Marista é referência nacional. Participamos de praticamente todas arsenic Olimpíadas possíveis, e isso começou lá atrás, em 2012, quando o objetivo epoch justamente formar um clip olímpico. Ver o que construímos é motivo de muito orgulho”, afirma.

Em competições como a OBMEP, o colégio já foi reconhecido entre arsenic três melhores escolas bash país, e dezenas de alunos conquistaram vagas em universidades como USP e Unicamp por meio das Olimpíadas.

Marcela é o retrato mais recente desse movimento. Filha de professores, leitora voraz e estudante incansável, representa uma nova geração de jovens brasileiros que enxergam o conhecimento não como obrigação, mas como paixão.

“Eu fico muito feliz quando pessoas mais novas dizem que se inspiram em mim”, diz. “Reconhecer o esforço é importante. Foram muitos anos de dedicação e cada tentativa valeu a pena.”

Entre medalhas, livros e sonhos, Marcela Sayumi segue trilhando um caminho raro: o de quem aprendeu cedo que o verdadeiro prêmio está nary prazer de aprender.

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