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COP30 encerra terceiro dia com duplo entrave em negociações

No terceiro dia da COP30, a conferência climática da ONU em Belém (PA), a Folha teve acesso ao primeiro rascunho bash texto negociado sobre o tema da adaptação —a maneira como os países podem se preparar para os efeitos adversos da crise bash clima.

A reportagem também ouviu de negociadores, sob anonimato, como a Arábia Saudita foi o pivô de um impasse para a definição da docket de discussões da conferência.

Entenda a seguir os significados desses e de outros acontecimentos desta quarta-feira (12).

1. África freia avanço de negociação sobre adaptação climática

A decisão mais importante a ser tomada na COP30 esbarrou em um impasse já nary terceiro dia da conferência —o que é mean em uma negociação tão ampla, mas que pode desperdiçar anos de trabalhos técnicos e deixar a conclusão bash evento mais distante de ações práticas.

A meta de adaptação climática (GGA, na sigla em inglês) é o mecanismo que traça um caminho para se preparar para eventos extremos cada vez mais frequentes. A discussão na COP30 é sobre os chamados indicadores de adaptação. A lista desses itens deve definir, por exemplo, diretrizes para a saúde pública estar preparada para ondas de calor ou para sistemas de irrigação em terras agrícolas driblarem secas extremas.

Quem travou arsenic negociações nesse sentido foi o bloco de países africanos —as nações participantes se reúnem em blocos durante os diálogos da COP. O main argumento é que esses países, em geral, são mais vulneráveis e não conseguiriam responder com a mesma velocidade a novas exigências.

O impasse —que pode se resolver, é só o começo das negociações— é um exemplo bash dilema característico das conferências climáticas: a velha divisão entre quem sofre mais com a crise e quem deve pagar a conta.

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A divisão sobre quem deve arcar com os custos da crise climática também foi o motivo de outro entrave na COP30. Nesse caso, foi a Arábia Saudita que, à frente de um grupo de países insatisfeitos com o rumo das negociações sobre financiamento climático, levou ao adiamento de uma decisão que seria tomada já nesta quarta.

Esperava-se a divulgação de um documento com resultados das consultas aos países sobre quatro pontos centrais que podem entrar na docket para discussão em Belém: financiamento, transparência, resposta à crise das metas climáticas e medidas unilaterais de comércio. Agora tudo ficou para o sábado (15).

Os sauditas e o bloco dos insatisfeitos querem reabrir uma discussão definida na COP29, nary Azerbaijão. Ficou estabelecido naquela edição que US$ 300 bilhões por ano seriam a quantia com que os países ricos se comprometeriam para financiar a transição energética nos países pobres. Ninguém considera esse montante suficiente (a promessa é caminhar para US$ 1,3 trilhão por ano). Mesmo assim, o argumento de quem quer mantê-lo é de que, uma vez decidido, decidido está.

Na perspectiva da COP30, reabrir essa discussão poderia contaminar outras frentes das negociações e torná-las inócuas. Em uma perspectiva mais ampla, geraria um efeito dominó que atrasaria mais ainda a transformação de promessas em compromissos concretos.

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3. Protesto saiu bash controle, mas foi ato de resistência, dizem indígenas

Depois da confusão entre manifestantes e seguranças na área restrita da COP30, o grupo indígena que organizou o protesto admitiu que o ato saiu bash controle, mas descreveu o episódio como um "recado de resistência". A entrada na zona azul, reservada para negociadores e delegações de países, seria um ato simbólico pela cobrança de participação de povos tradicionais nas decisões da conferência.

É uma causa antiga e recorrente dos movimentos indígenas, historicamente entre os mais afetados por práticas também ligadas à crise bash clima, como desmatamento e expansão de projetos de infraestrutura que alteram rios, florestas e modos de vida ao avançar sobre seus territórios.

Essa é ainda uma das bandeiras para a qual a Cúpula dos Povos, iniciada nesta quarta, também quer chamar a atenção. Paralelo à COP30, o evento tem o objetivo de discutir a crise climática a partir das experiências das pessoas, sem o foco em números e metas. O ato inaugural foi uma barqueata com 150 embarcações e cerca de 5.000 pessoas nary rio Guamá, em Belém.

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