Banco Central prevê juro nesse patamar por um período bastante prolongado
Marcos Graciani
17/09/2025 18:53
| Atualizado
17/09/2025 18:54
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), definiu nesta quarta-feira (17) que a Selic permanece no patamar de 15% ao ano, posição já aguardada pelos agentes de mercado. Na reunião anterior, nos dias 29 e 30 de julho, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros. Para os membros do colegiado, o ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. "Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", avaliam.
"Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação", destaca o texto emitido após a reunião. No comunicado, os membros do Comitê afirmam que o grupo segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. "O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado", projeta o BC. O Copom voltará a se reunir nos dias 4 e 5 de novembro.
"Com a Selic em 15% ao ano, dificilmente veremos impactos relevantes no câmbio ou na bolsa no curto prazo. Nos próximos meses, a renda fixa segue como opção atrativa para investidores, mas os juros elevados continuam pressionando a atividade econômica, fator que deve permanecer no radar tanto do mercado quanto do Banco Central ao definir os próximos passos da política monetária", analisa Daniele Bresolin Zuchetto, consultora de investimentos da Unicred Porto Alegre.

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