Em resposta, as autoridades dinamarquesas proibiram civis de operar drones em todo o país até a sexta-feira seguinte (03), após o país receber líderes da União Europeia e de outros países europeus para uma reunião de cúpula na quarta e quinta-feira.
Drones também foram avistados na Noruega e na Alemanha
A Noruega também investiga se foi alvo de ação semelhante após avistar drones não identificados numa área próximo a Orland, principal base de seus caças F-35 e ponto importante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Já na Alemanha, o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, declarou neste sábado que um "enxame" de drones teria sido avistado no dia anterior ao norte do país, próximo à fronteira com a Dinamarca, e prometeu rever as leis do país para permitir que tais dispositivos sejam abatidos pelas Forças Armadas.
No caso da Dinamarca, as Forças Armadas não identificaram a localização exata em que os drones foram avistados na sexta-feira, mas a polícia mencionou a base aérea de Karup, no oeste do país. O local é a principal base da Força Aérea Real Dinamarquesa e abriga todos os helicópteros, equipamentos de vigilância aérea e a escola de aviação.
É em Karup também que ficam partes do comando de defesa da Força Aérea, segundo seu site institucional.
A polícia dinamarquesa não comentou sobre de onde os drones vieram, e informou que coopera com os militares na investigação do episódio.
A base de Karup compartilha suas pistas de pouso com o aeroporto civil de Midtjylland – que, segundo Skelsjaer, chegou a ser fechado por alguns instantes, mas com pouco impacto para a aviação civil, já que não havia voos comerciais marcados para aquele horário.
Já na noite de sábado para o domingo, as autoridades dinamarquesas informaram ter observado drones em diversas instalações militares do país, mas não detalharam como reagiram à ameaça.
Dinamarca fala em "ataques híbridos"
Os episódios deste fim de semana são os mais recentes de uma série de outros incidentes com drones que levaram a Dinamarca a fechar temporariamente vários aeroportos nesta semana, inclusive o da capital, Copenhague.
Ao comentar o caso, a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen falou em "ataques híbridos" e descreveu-o como o "mais grave ataque até agora à infraestrutura crítica dinamarquesa". "Há um principal país que representa uma ameaça à segurança da Europa, e este país é a Rússia."
O Kremlin declarou na quinta-feira "rejeitar firmemente" qualquer sugestão de envolvimento nos episódios com drones na Dinamarca. Via redes sociais, a embaixada russa falou em "provocação encenada".
Os voos de drone começaram poucos dias depois de a Dinamarca anunciar planos para comprar, pela primeira vez, armas de precisão e longo alcance, argumentando que a Rússia seguiria sendo uma ameaça "por muitos anos".
Episódios semelhantes também foram registrados recentemente na Polônia e na Romênia. Já a Estônia anunciou, no início da semana, que teve seu espaço aéreo violado por caças russos, e que precisou escoltá-los de volta com a ajuda de caças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) operados por Finlândia, Itália e Suécia.
Falando depois a repórteres, Lavrov advertiu que se qualquer país abater objetos no espaço aéreo russo, "vão se arrepender muito".
A declaração vem em um momento em que a Otan tem cogitado abater caças russos. A possibilidade foi ventilada pelo próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Radar de drones monitora céus na região de Dragoer, na Dinamarca, perto da fronteira com a Suécia, em 26 de setembro de 2025. — Foto: Steven Knap/Ritzau Scanpix via AP
Alemanha quer abater drones
A UE também suspeita que a Rússia esteja por trás das incursões, algo que Moscou nega.
"A Rússia está testando a UE e a Otan, e nossa resposta tem que ser firme, unida e imediata", declarou a jornalistas o comissário europeu para Defesa, Andrius Kubilius, nesta sexta-feira, ao defender a criação de um "muro antidrones" para defender o bloco de futuras violações de seu espaço aéreo.
Na Alemanha, o governo quer autorizar as Forças Armadas a abater drones que representem um risco à segurança ou à infraestrutura, segundo notícia publicada neste sábado (27/09) no tabloide Bild. A decisão ficaria a cargo do Ministério da Defesa.
Os planos de Berlim também incluem medidas técnicas e operacionais como o reconhecimento, classificação e defesa eletrônica de drones – por meio, por exemplo, de interferência de sinal ou de sistemas que permitam assumir o controle de dispositivos aéreos não tripulados, hackeando-os.

Europa planeja "muro de drones" contra ameaças do leste

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1 mês atrás
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