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Do Ópio às bananas: quatro grandes guerras comerciais que marcaram o mundo

Entre 1898 e 1934, os EUA impuseram lutas comerciais, ocupações, intervenções e operações policialescas na América Central e Caribe. Com a saída da Espanha da região após a assinatura do Tratado de Paris, que cedeu Cuba e Porto Rico aos EUA, os americanos decidiram proteger seus interesses econômicos na região, o que resultou até na criação de um "Manual de Pequenas Guerras" pelos fuzileiros navais dos EUA.

À época, o Canal do Panamá estava em construção, mas era considerado estratégico para o comércio e a segurança da América do Norte. Cinco anos após o início das obras, em 1895, os EUA já haviam feito uma intervenção militar no país que culminou, em 1901, com os americanos ganhando o controle da construção iniciada pelos franceses. O Panamá também se separou da Colômbia em 1903, sob a influência militar americana.

Nos anos seguintes, os EUA ocuparam Cuba, República Dominicana, Nicarágua, Haiti e Honduras, além de terem iniciado uma guerra de fronteira com o México. Os locais se rebelaram, mas os conflitos foram (em sua maioria, facilmente) sufocados. Como resultado, surgiram diversas empresas de frutas americanas na região, que ocupavam ou compravam enormes áreas e construíam estradas e ferrovias com o objetivo de controlar o comércio de frutas, especialmente da lucrativa banana —daí o nome da disputa comercial.

Estas operações chegaram ao fim em 1934, quando os EUA estabeleceram a sua chamada "Política da Boa Vizinhança". A proposta do presidente Franklin D. Roosevelt era estabelecer a influência americana na região através de seu soft power, como a chegada da cultura americana na América Latina. Assim, Roosevelt retirou suas últimas tropas do Haiti e colocou um fim ao controle comercial da região com as bananas.

Guerra Comercial de Hawley-Smoot

O Ato Tarifário de 1930 é conhecido pelo nome dos dois parlamentares do Congresso dos EUA que promoveram o projeto de lei: o senador Reed Smoot e o deputado Willis C. Hawley. A medida protecionista foi assinada pelo presidente Herbert Hoover em 17 de junho daquele ano, como estratégia para conter os danos da Quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e da crise que se seguiu, período conhecido como a Grande Depressão.

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