Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) comprovou as projeções de perdas das exportações do Estado para os Estados Unidos. A indústria de transformação gaúcha para o território norte-americano caiu 51,1%, uma redução de US$ 86,8 milhões em setembro, totalizando US$ 83,2 milhões em receita. Os dados foram divulgados na quinta-feira (9).
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Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) comprovou as projeções de perdas das exportações do Estado para os Estados Unidos. A indústria de transformação gaúcha para o território norte-americano caiu 51,1%, uma redução de US$ 86,8 milhões em setembro, totalizando US$ 83,2 milhões em receita. Os dados foram divulgados na quinta-feira (9).
Entre as mais prejudicadas, aparecem em primeiro lugar as companhias de processamento do tabaco, com uma perda de 94,1%, cerca de US$ 43,1 milhões. Em seguida, a indústria de armas de fogo e munições, com queda de 67,2% (US$ 67,2); Celulose e pastas para fabricação de papel, com 69,4 % de queda (US$ 10 milhões). Também registraram perdas das exportações Produtos petroquímicos básicos (100%), Serrarias com desdobramentos de madeira em bruto (78%), e Móveis com predominância em madeira (60,1).
“O Brasil é o maior exportador de tabaco há 32 anos. Os Estados Unidos têm como destino dos nossos volumes em torno de 9% do volume total que nós exportamos para mais 100 países. São 40 milhões de quilos ou 40.000 toneladas a US$ 250 milhões, uma média que se mantém nos últimos 10 anos. Imagina a situação das nossas associadas, com essa queda de mais de 94,1%”, lamenta o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Valmor Thesing.
Conforme relata o dirigente, houve pressa para embarcar 28 mil toneladas até 6 de agosto, a US$ 173 milhões de dólares. “Ficaram para trás 12 mil toneladas que estão vendidas, porém com embarque suspenso, a um valor total de US$ 82 milhões de dólares”, relata.
Com um alto valor agregado, o tabaco é, historicamente, o segundo produto de maior exportação do Estado, girando, a cada ano, cerca de US$ 3 bilhões de dólares. Neste ano, saíram do RS 370 mil toneladas. O excedente, que não foi possível ser enviado ao território norte-americano, segue aqui.
De acordo com a entidade, não é possível redirecionar a carga, uma vez que o padrão do cigarro muda para cada região. “Os EUA consomem o que chamamos de american blend. Já a Ásia tem outro padrão, o que quer dizer que para lá não pode ir o tabaco que foi produzido, processado e industrializado de acordo com o padrão americano”, explica. Caso, em um cenário pessimista, em não havendo acordo, aí, sim, o padrão será alterado, destaca.
No setor de madeiras, as perdas são semelhantes. Entre as empresas impactadas pelo tarifaço, a Agroindustrial Sul Pinus, que em Mostardas tem 2 mil hectares plantados, demitiu 180 funcionários nas unidades de Piratini e Encruzilhada do Sul. “Tivemos que fechar. Nosso mercado é muito forte nos Estados Unidos. Os nossos clientes que a gente tinha estão esperando, não estão comprando. E para os de fora, a gente não consegue entrar com a função do preço muito baixo. Nosso faturamento caiu para um terço”, relata o empresário Ary Roberto Leite.
Com a mesma inquietação, o presidente do Sindimadeira RS, Leonardo de Zorzi, espera uma resolução a partir da negociação entre os dois países. De acordo com o dirigente, a retração foi forte na indústria madeireira, como mostra a pesquisa da Fiergs, assim como aconteceu em Santa Catarina e Paraná. “Foram 37 % de retração como um todo e 78% sobre o que vai para os Estados Unidos”, relata. O percentual de queda para os EUA representa menos US$ 3 milhões de faturamento para as empresas.
A esperança do setor é de que o diálogo possa reverter a situação. “Eu diria que estamos mais otimistas hoje do que estávamos há duas semanas atrás, mas ainda longe, ainda longe da solução do problema”, revela De Zorzi.
Na semana passada, os presidentes Lula e Donald Trump trocaram telefonema para alinhavar o início de negociações entre as diplomacias brasileira e norte-americana, que podem resultar em mudança na questão da sobretaxa sobre os produtos brasileiros.

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