Como os EUA têm poder de veto, a resolução foi descartada mesmo com o apoio dos outros 14 países que integram o conselho.
Antes da votação, a embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, afirmou que Washington não apoiaria nenhuma medida que não condenasse o Hamas ou que não exigisse o desarmamento e a retirada do grupo de Gaza.
Autoridades dos EUA criticaram ainda o fato de a resolução não estar ligada à libertação de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Por outro lado, o texto descrevia a situação no território como "catastrófica" e exigia o fim de todas as restrições para a entrada de ajuda humanitária.
Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU é formado por cinco membros permanentes com poder de veto (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e dez membros rotativos (Argélia, Dinamarca, Grécia, Guiana, Paquistão, Panamá, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Somália).
Uma menina reage após receber uma refeição enquanto outros esperam em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 2 de junho de 2025. — Foto: Eyad Baba/AFP
Israel rejeita um cessar-fogo incondicional ou permanente e afirma que o Hamas não pode permanecer na Faixa de Gaza. O país retomou sua ofensiva militar no território em março, após o fim de uma trégua de dois meses, com o objetivo de resgatar reféns mantidos pelo grupo.
Segundo autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, bombardeios israelenses mataram 45 pessoas nesta quarta-feira. O Exército de Israel informou que um soldado morreu em combates.
A crise humanitária vem se agravando no território, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas. Há risco de fome generalizada, e a ajuda humanitária só voltou a entrar em volumes reduzidos em 19 de maio.
A Gaza Humanitarian Foundation (GHF), organização apoiada pelos EUA, não distribuiu ajuda nesta quarta-feira. A entidade pressiona Israel para garantir mais segurança aos civis fora das chamadas áreas seguras de distribuição, após um episódio com mortes.
A GHF informou ter solicitado que o Exército israelense organize melhor o deslocamento de civis perto de posições militares, forneça orientações mais claras e aprimore treinamentos para proteger a população.
Hospitais relataram mais de 80 mortos e centenas de feridos em pontos de distribuição de ajuda entre domingo (1º) e terça-feira (3), sendo ao menos 27 mortes na terça.
Moradores disseram que soldados israelenses atiraram contra uma multidão que buscava comida antes do amanhecer de terça. O Exército negou, mas afirmou que disparou contra "suspeitos" que ignoraram tiros de advertência e se aproximavam das linhas israelenses.
"Nosso foco principal continua sendo garantir a segurança e a dignidade dos civis que recebem ajuda", disse um porta-voz da GHF.
Imóveis destruídos em Rafah, no sul de Gaza, em foto de 13 de março de 2025 — Foto: REUTERS/Hatem Khaled
O novo modelo de distribuição de ajuda, com atuação de empresas privadas de segurança e logística dos EUA, opera atualmente em apenas três pontos. A ONU e outras entidades afirmam que o sistema militariza a assistência.
Antes da votação no Conselho de Segurança, o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, voltou a pedir que as agências das Nações Unidas e outras organizações sejam autorizadas a atuar em Gaza. Ele disse que elas têm plano, suprimentos e experiência para isso.
A ONU atribui há tempos os obstáculos à entrega de ajuda à atuação de Israel e à falta de segurança em Gaza. Israel acusa o Hamas de desviar os recursos, o que é negado pelo grupo terrorista.
Na terça-feira, a GHF afirmou que distribuiu mais de 7 milhões de refeições desde o início das operações há uma semana. O diretor interino da fundação, John Acree, pediu cooperação: "Trabalhem conosco e faremos a ajuda chegar a quem precisa".
A guerra começou em outubro de 2023, quando terroristas do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel e sequestraram outras 250. A maioria das vítimas era civil.
Israel lançou uma ofensiva militar em resposta, que já deixou mais de 54 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades do Hamas. Médicos afirmam que a maior parte das vítimas são civis e que há milhares de corpos sob os escombros.

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5 meses atrás
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