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Europeus preparam plano de paz para guerra na Ucrânia que permitiria ocupação de territórios dominados pela Rússia, diz agência

A proposta prevê parar os combates na linha de frente atual, e garantias de segurança à Ucrânia. Em troca, os europeus retirariam gradualmente as sanções econômicas aplicadas à Rússia desde 2022. A agência não detalhou todos os pontos da proposta, porém alguns deles seriam os seguintes:

  • Parar a guerra na linha de frente atual;
  • Estabelecimento de um conselho de paz supervisionado por Trump;
  • Retorno de todas as crianças ucranianas sequestradas e trocas de prisioneiros;
  • A Ucrânia teria garantias de segurança contra novos ataques e também de uma rápida adesão à UE, além de dinheiro para reconstrução;
  • Europeus retiram gradualmente sanções da Rússia, mas elas voltariam se Putin voltar a atacar. Os bens russos congelados também seriam devolvidos.

Segundo a Bloomberg, assim que concordarem com a proposta, Ucrânia e Rússia entrariam em negociações para governança dos territórios ocupados pelas tropas russas. No entanto, nem o governo Zelensky nem a Europa reconheceriam esses territórios como russos.

Trump pressiona tanto os europeus quanto a Rússia para o rápido fim da guerra. O presidente americano já fez propostas para terminar o conflito, porém nenhuma delas avançou até o momento. O plano elaborado pelos europeus ainda seria apresentado a Trump nesta semana e alguns pontos poderiam mudar, segundo a Bloomberg.

Trump Ele disse nesta semana não acreditar que a Ucrânia possa vencer a guerra contra os russos, porém negociou a possível entrega de mísseis Tomahawk aos ucranianos durante encontro com o Zelensky na última sexta (17).

"Eles ainda podem vencer. Não creio que vencerão, mas ainda podem. A guerra é uma coisa estranha. Tudo pode acontecer".

Os Estados Unidos são aliados da Ucrânia e o apoiam militarmente desde a invasão russa em território ucraniano, em fevereiro de 2022, ainda quando Joe Biden era o presidente americano. A Otan também é aliada e fornece armamentos ao Exército de Volodymyr Zelensky.

Apesar de Trump dizer ser amigo do presidente Vladimir Putin, a Rússia é tratada como um inimiga na guerra —o líder americano reveza fases críticas e elogiosas, entre ameaças e afagos, a Putin como estratégia para chegar a uma solução ao conflito.

Apesar da declaração nesta segunda, Trump se mostrou otimista pelo fim do conflito e falou que acredita que, com seu apoio, a Ucrânia e a Rússia "chegarão lá". Ele também contou que pediu ao presidente russo que pare os ataques contra civis em território ucraniano.

Trump teria pedido a Zelensky para que aceite termos da Rússia

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Em reportagem publicada neste domingo (19), citando fontes que teriam participado do encontro, o jornal afirma que Trump insistiu que Zelensky entregasse toda a região oriental de Donbass à Rússia e alertou o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou "destruir" a Ucrânia caso um acordo não se concretize.

Ainda segundo o "Financial Times", Putin ofereceu algumas pequenas áreas das duas regiões da linha de frente da guerra no sul, Kherson e Zaporizhzhia, em troca de partes muito maiores do Donbass que ainda estão sob controle ucraniano na ligação que realizou com Trump na quinta-feira (16).

Isso é menos do que sua demanda original, de 2024, que exigia que Kiev cedesse a totalidade de Donbass, além de Kherson e Zaporizhzhia no sul, uma área de quase 20.000 km².

Zelensky, que foi à Casa Branca em busca de armas para continuar lutando na guerra de seu país, parece não conseguido chegar a esse objetivo, porém convenceu Trump a voltar a apoiar o congelamento das atuais linhas de frente, diz o FT.

Procurados para confirmar as informações, nem a Casa Branca nem o porta-voz do governo ucraniano se pronunciaram.

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