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Governo Trump sanciona presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anuncia Tesouro dos EUA

Comunicado cita drogas ilícitas. Em coletiva à imprensa, um dia antes, Petro criticou Donald Trump, que o chamou de "líder narcotraficante", e afirmou que os EUA estão fazendo "execuções" em águas internacionais.


Gustavo Petro — Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

Em comunicado em seu site oficial, o departamento citou drogas ilícitas ao informar sobre as sanções impostas.

"Nesse tipo de manobras, que acreditamos violar o direito internacional, os Estados Unidos (...) estão cometendo execuções extrajudiciais. Há um uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário", declarou.

EUA bombardeiam mais um barco no Pacífico

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Até o momento, o governo americano contabilizou nove ataques, que deixaram 37 mortos. Ao menos um deles ocorreu perto de águas colombianas, segundo uma fonte militar.

A Colômbia denuncia que, ao longo dessas operações, os Estados Unidos violaram águas nacionais e, em um desses ataques, assassinaram um pescador colombiano.

"O mar do Caribe está repleto de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis. (...) Inclusive, um pescador de Santa Marta foi assassinado em seu barco. Quando anularam a certificação antidrogas, achamos muito paradoxal e, obviamente, recebemos isso como se fosse um insulto", disse Petro à imprensa nesta quinta.

Desde que Petro começou a fazer críticas a Trump nas redes sociais, os dois presidentes entraram em uma guerra de palavras que oscila em tom.

"O senhor Trump me caluniou e insultou a Colômbia", respondeu Petro em uma coletiva de imprensa ao ser questionado sobre as acusações do presidente dos EUA.

Um dia antes da coletiva, nesta quarta-feira, um grupo independente de especialistas na Organização das Nações Unidas (ONU) já havia feito críticas aos bombardeios dos EUA.

O grupo, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos, disse que os ataques violam o direito internacional. Apesar da justificativa de Trump de combater o tráfico de drogas, os especialistas apontam que "mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais".

"Esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe", disseram eles em um comunicado.

O grupo afirmou ter entrado em contato com os EUA sobre o assunto e disse que uma ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano constituiria "uma violação ainda mais grave" da Carta da ONU.

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