O primeiro contato direto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrido neste domingo, em Kuala Lumpur, na Malásia, reacendeu as expectativas do agronegócio brasileiro em relação à revisão das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. Embora a conversa entre os líderes não tenha ainda resultado em anúncios, um dos pedidos do Brasil foi a suspensão da punição durante o período que durarem as negociações.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
O primeiro contato direto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrido neste domingo, em Kuala Lumpur, na Malásia, reacendeu as expectativas do agronegócio brasileiro em relação à revisão das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. Embora a conversa entre os líderes não tenha ainda resultado em anúncios, um dos pedidos do Brasil foi a suspensão da punição durante o período que durarem as negociações.
Entre os segmentos mais impactados está o da carne bovina, que viu suas exportações perderem competitividade após a adoção das sobretaxas norte-americanas. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) avaliou de forma positiva o encontro, destacando que o diálogo é essencial para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a entidade, a reunião demonstra a disposição de ambos os governos em avançar nas discussões sobre as tarifas atualmente em vigor, que afetam diferentes setores do comércio bilateral.
Para a Abiec, um entendimento entre os dois países pode preservar a competitividade do produto brasileiro, garantir previsibilidade aos exportadores e ampliar a presença da carne bovina nacional no mercado norte-americano — hoje o segundo maior comprador do Brasil. A entidade também ressalta que o País se destaca globalmente pela qualidade, sanidade e capacidade de fornecimento.
No Rio Grande do Sul, o setor acompanha com atenção os desdobramentos do diálogo político. O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs), Ronei Lauxen, avaliou que as impressões são positivas, “apesar do atraso e da demora desta iniciativa”.
“Não podemos nos precipitar nas conclusões, pois ainda não há nenhum fato concreto negociado. Resta aguardar o desenrolar dessas tratativas, mas com certeza seria muito importante para o setor de carne bovina do Brasil a retomada do fluxo normal dos negócios”, disse Lauxen ao Jornal do Comércio.
Dados do Sicadergs mostram que, mesmo antes do anúncio do tarifaço, o desempenho de 2025 vinha em forte alta. Até agosto, o Estado embarcou 10,2 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, com média de 1.397 toneladas ao mês e receita de US$ 49,7 milhões — mais que o dobro do total exportado em todo o ano de 2024 (4,9 mil toneladas e US$ 22 milhões). Segundo Lauxen, parte desse aumento refletiu embarques antecipados, antes da vigência das tarifas, seguidos de uma queda brusca em agosto, quando os volumes mensais recuaram para cerca de 489 toneladas.
A expectativa agora é que a reaproximação diplomática entre Brasília e Washington abra espaço para negociações que reduzam o impacto das tarifas e restabeleçam o ritmo das exportações. Outros setores atingidos pelas medidas americanas, aguardam novos sinais do governo sobre a pauta bilateral.

                                German (DE)                
                                English (US)                
                                Spanish (ES)                
                                French (FR)                
                                Hindi (IN)                
                                Italian (IT)                
                                Portuguese (BR)                
                                Russian (RU)                




:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro