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Família de pescador colombiano morto em ataque denuncia EUA em comissão de direitos humanos

Segundo os parentes, Alejandro Carranza saiu da cidade de Santa Marta, na Colômbia, para pescar em mar aberto no dia 15 de setembro e apareceu morto dias depois.

"Sabemos que Pete Hegseth, secretário da Defesa dos Estados Unidos, foi o responsável por ordenar o bombardeio de embarcações como a de Alejandro Carranza Medina e o assassinato de todas as pessoas que estavam nelas", diz a denúncia, à qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira (3).

Até o momento, mais de 80 pessoas que viajavam em lanchas supostamente carregadas com drogas no Caribe e no Pacífico morreram em ataques lançados por Washington.

Explosão de barco em ataque dos EUA — Foto: Truth Social / Reprodução

Secretário de Guerra dos EUA zombou de ataques

Na semana passada, o jornal "The Washington Post" publicou uma reportagem afirmando que o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, teria ordenado um segundo bombardeio contra sobreviventes do primeiro ataque realizado pelo país no Caribe.

Principal porta-voz dos ataques a embarcações, Hegseth teria dado uma ordem direta às tropas que matassem todos os integrantes de um dos barcos alvejados pelos EUA, o que configuraria um crime de guerra, segundo o jornal americano "The Washington Post".

Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e montagem de tartaruga Franklin bombardeando barcos. — Foto: Pool via Reuters e reprodução/redes sociais

A montagem compartilhada por Hegseth mostra uma tartaruga verde chamada Charlie, de um desenho infantil de mais de 20 anos de existência e popular nos EUA, a bordo de um helicóptero disparando um lança-mísseis contra barcos carregados com pacotes e pessoas armadas com o título "Franklin mira narcoterroristas". (veja na imagem acima)

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Até o momento, 20 embarcações foram atacadas e um total de 80 pessoas foram mortas. O ataque mais recente foi em 13 de novembro. O governo Trump acusam, sem apresentar provas, essas embarcações de pertencerem a cartéis de drogas latino-americanos e conter narcoterroristas e carregamentos de drogas rumo aos EUA.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou em novembro haver "indícios" de que os ataques do governo Trump são execuções extrajudiciais. No final de outubro, a ONU pediu que os EUA parassem com os ataques.

Desde então, os EUA mobilizaram uma ampla presença militar na região e fazem ataques recorrentes a embarcações no mar do Caribe e em regiões do Oceano Pacífico próximas à costa América Latina.

Os bombardeios a essas embarcações também compõem uma estratégia de pressão ao governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, acusado pelos EUA de chefiar o Cartel de Los Soles. O presidente venezuelano acusa o governo Trump de realizar uma campanha de pressão que tem como objetivo tirá-lo do poder.

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