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Fim do 3G? Veja como desligamento da rede móvel pode afetar você

O fim das redes móveis 3G e 2G está cada vez mais próximo, e deve representar uma transição significativa no setor de telecomunicações. Em novembro de 2024, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que, a partir de abril de 2025, novos dispositivos que suportem apenas conexões 2G e 3G não serão mais homologados no Brasil. Essa decisão, no entanto, não afeta os aparelhos já lançados e em circulação no mercado. Apesar de ainda não ser uma medida definitiva, o desmonte dessas redes obsoletas já começa a impactar o mercado mobile e alguns setores da economia.

Com o avanço das redes 4G e 5G, locais mais remotos que ainda dependem exclusivamente de 2G e 3G podem enfrentar a exclusão digital com o desligamento dessas tecnologias e ficar sem acesso a serviços básicos de comunicação. Além disso, setores como os de maquininhas de pagamento e rastreadores, amplamente utilizados por micro e pequenos empreendedores, precisarão se adequar e investir em novos produtos. Para esclarecer todos os detalhes dessa mudança e seus impactos, o TechTudo preparou este guia completo. Confira a seguir.

 Reprodução/Pixabay Redes 2G e 3G devem sair de circulação em breve; entenda — Foto: Reprodução/Pixabay

Fim do 3G? Veja como desligamento da rede móvel pode te afetar

Confira abaixo os tópicos que serão abordados nesta matéria.

  • Fim do 3G e 2G
  • Como isso afeta o usuário?
  • Como isso afeta o mercado?
  • Diferença entre 3G, 4G e 5G

Com a expansão do 5G — rede até 100 vezes mais rápida que o 4G —, tecnologias anteriores como 2G e 3G tornam-se cada vez mais obsoletas. Nesse cenário, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que, a partir de 6 de abril de 2025, dispositivos que não ofereçam suporte às redes 4G ou 5G não serão homologados no Brasil.

Isso significa que celulares e outros eletrônicos lançados após essa data sem suporte às redes mais modernas não poderão ser vendidos legalmente no país. Porém, dispositivos já homologados e em uso não serão afetados de imediato. A decisão sinaliza um movimento inevitável rumo à desativação completa das redes 2G e 3G.

 Divulgação/Anatel Imagem do prédio da Anatel — Foto: Divulgação/Anatel

Como isso afeta o usuário?

Embora o 5G esteja em expansão no Brasil, o 4G ainda não cobre plenamente todo o território nacional, especialmente em áreas remotas. De acordo com a Associação Brasileira de Internet (Abranet), 40 dos 62 municípios do Amazonas dependem exclusivamente de redes 2G e 3G.

Se essas redes forem desativadas antes da expansão total do 4G e 5G, populações dessas regiões poderão ficar isoladas e sem acesso à comunicação. A ausência de conectividade prejudica diretamente a realização de atividades essenciais como ligações, envio de mensagens e acesso à Internet — o que, por sua vez, impede o acesso a serviços bancários e do governo, como o portal Gov.br.

Como isso afeta o mercado?

A desativação do 2G e 3G também afetará setores que dependem dessas redes, como empresas de máquinas de pagamento e rastreadores veiculares, já que muitos desses equipamentos só operam com acesso às redes mais antigas. Segundo estudo da Links Field, dos 20 milhões de maquininhas e rastreadores em uso no Brasil, 12 milhões dependem exclusivamente das redes 2G e 3G. A mudança exigirá investimentos significativos para a substituição dos dispositivos, e pode gerar um impacto financeiro estimado em 10 bilhões de reais.

 Pexels Maquininhas que só têmacesso às redes 2G e 3G poderão ser afetadas — Foto: Pexels

Micro e pequenos empresários, que constituem a maior parcela de usuários desses equipamentos, serão os mais afetados. É possível que alguns deles tenham dificuldades para arcar com os custos de atualização, o que pode prejudicar a operação de negócios menores e gerar desvantagens competitivas. Além disso, o setor de logística e transporte, que utiliza rastreadores em frotas de veículos e mercadorias, também pode enfrentar desafios para a substituição dos aparelhos.

Diferença entre 3G, 4G e 5G

As redes 3G, 4G e 5G representam diferentes gerações de conectividade móvel, cada uma com avanços tecnológicos significativos. Lançada no início dos anos 2000, a rede 3G é a terceira geração do sinal móvel, sendo mais rápida que a rede 2G. Enquanto a última chega a uma velocidade de download de até 114 kb/s, a primeira alcança até 384 kb/s. Ou seja, o sinal de 3G é pelo menos duas vezes mais veloz.

O 4G, por sua vez, saiu do papel cerca de 10 anos após o lançamento da rede anterior e com uma velocidade 10 vezes maior, atingindo cerca de 100 MB/s. Com tamanha evolução, foi possível consumir conteúdos em streamings de áudio e vídeo e jogar conectado a uma rede móvel, sem a necessidade de uma rede Wi-Fi.

 Reprodução/Freepik Veja as diferenças entre os sinais de rede — Foto: Reprodução/Freepik

Por fim, o 5G é até 100 vezes mais veloz que o 4G e continua em processo de expansão pelo país. A rede representa um salto significativo não apenas em velocidade, mas também em segurança, já que foi desenvolvida com protocolos de criptografia mais avançados e autenticação aprimorada. Por enquanto, o sinal de quinta geração está disponível em todas as capitais do Brasil e segue se expandindo para cidades menores. O plano da Anatel prevê que, até dezembro de 2029, todos os municípios do Brasil terão acesso à quinta geração de redes móveis.

Com informações de Links Field, TechTudo

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