Por Sandra Cohen
Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'
Presidente da Turquia quer garantir o retorno dos refugiados e impedir que milícias curdas se estabeleçam na fronteira, mas agendas entre grupos rebeldes são conflitantes.
Erdogan em discurso de vitória — Foto: Murad Sezer/Reuters
Na rota inversa do presidente russo, Vladimir Putin, enfraquecido pelo colapso do regime de Assad, Erdogan aproveita, como membro da Otan, o momento para firmar a sua influência na região: ao se ver como líder natural dos países árabes e muçulmanos, saboreia a oportunidade de moldar a nova ordem síria, conforme avaliam os pesquisadores Steve Cook e Sinan Ciddi em artigo publicado na revista “Foreign Policy”.
O acolhimento de refugiados sírios durante a guerra civil resultou numa grave crise econômica na Turquia e mal-estar interno, refletido nas eleições regionais e legislativas. Daí a pressão de Erdogan na estabilização da Síria para uma rápida solução na repatriação dos sírios.
Além disso, a Turquia apoiou abertamente as milícias que integram o Exército Nacional Sírio (SNA), para impedir que grupos curdos se estabeleçam no lado sírio de sua fronteira sul. Ainda não está clara a relação do país com os rebeldes do Hayat Tahrir al-Sham (Organização para a Libertação do Levante ou HTS), liderados por Abu Mohammad al-Golani, a facção dominante que em apenas 11 dias derrubou o regime sírio.
O HTS tem raízes fincadas na al-Qaeda e no Estado Islâmico, mas seu comandante vem demonstrando empenho para reformular a imagem do grupo jihadista, prometendo segurança às minorias do país.
Somando-se aos dois grupos, atuam ainda no país as Forças Democráticas Sírias, organização curda armada apoiada pelos EUA, que, além do Exército de Assad, combate contra Turquia, HTS e Estado Islâmico. A dúvida é saber como esses grupos, com agendas divergentes e até mesmo conflitantes em algumas questões, se acomodarão no período pós-Assad.

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10 meses atrás
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