Na nova "gambiarra", o dispositivo aéreo possui uma bobina fixada em sua parte inferior com dezenas de quilômetros de cabo óptico, o que conecta fisicamente o drone ao controlador. Conforme o objeto voa, esse cabo se desenrola e segue conectado ao controle.
O objetivo do equipamento é atacar e monitorar alvos ucranianos sem o risco de interceptação eletrônica, principalmente em áreas de trincheiras, na linha de frente da guerra entre os países. (entenda mais abaixo)
Nesse tipo de drone, os sinais de vídeo e controle são transmitidos através do cabo — diferentemente dos dispositivos tradicionais, que são operados por frequências de rádio. Ou seja, a existência de uma conexão física faz com que ele não sofra interferências por interceptores eletrônicos.
Veja as diferenças na arte abaixo:
Como são os drones com cabos de fibra óptica usados na guerra com a Ucrânia. — Foto: Arte/g1
Os drones tradicionais costumam ser derrubados em contextos de guerra e segurança pública por um processo de interferência eletrônica chamado "jamming". Nada mais é do que a utilização de aparelhos para interromper ou bloquear sinais de comunicação com os dispositivos.
"Os equipamentos de jamming são grandes emissores de embaralhamento de radiofrequência", explica Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em segurança internacional.
Dispositivos de jamming emitem sinais fortes nas mesmas frequências usadas pelos drones, sobrepondo ou bloqueando os sinais. Isso causa a perda de ligação com o operador, e pode levar o drone a pairar, cair ou tentar retornar à base.
Fibra óptica de drones russos é vista em uma estrada fora da cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, em 7 de maio. — Foto: Reuters
Em que contexto os drones são utilizados?
Uma reportagem da BBC relatou o uso dos dispositivos russos com cabos de fibra óptica em Rodynske, região ucraniana de Donetsk. O uso da "gambiarra" tem impactado a movimentação de soldados, que passam a enfrentar um novo tipo de ameaça.
Os drones com cabos têm sido usados nas linhas de frente de combate, contra posições ucranianas. Eles atuam principalmente em áreas que ficaram caracterizadas por guerra de trincheira, lembrando a Primeira Guerra Mundial, destaca o professor Gunther Rudzit, da ESPM.
A estratégia russa com os drones, acrescenta o professor, é localizar pontos de concentração ucraniana. Segundo ele, os novos objetos são operados em uma distância mais curta, entre 3 e 5 quilômetros. "A ideia é atacar, abrir brecha na trincheira e conseguir tomar o território."
Os dispositivos com fibras ópticas, por outro lado, também apresentam desvantagens. Além de mais mais lentos, o cabo pode ficar preso nas árvores. Nesse sentido, a Ucrânia também já se movimenta para bloquear a novidade.
"As forças ucranianas estão estendendo redes bem grandes para esses drones acabarem sendo pegos", diz Rudzit. A estratégia visa simplesmente que os cabos enrosquem nessas redes.

Rússia faz maior ataque aéreo contra Ucrânia desde início da guerra, há mais de 3 anos

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5 meses atrás
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