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Grupo apoiado por Israel diz que 'ameaças' do Hamas impedem entrega de comida em Gaza; terroristas negam

A distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza continua suspensa neste sábado (7). A Gaza Humanitarian Foundation (GHF), organização privada responsável pela entrega de alimentos, afirma que ameaças do Hamas pela situação. O grupo terrorista, no entanto, nega.

"Essas ameaças tornaram impossível continuar hoje sem colocar vidas inocentes em risco. A GHF não se deixará intimidar. Continuamos comprometidos com a entrega de ajuda de forma segura, protegida e independente. Estamos adaptando ativamente nossas operações para superar essas ameaças e pretendemos retomar as distribuições sem demora", disse a organização em comunicado.

Uma autoridade do Hamas afirmou à agência de notícias Reuters que desconhece as ameaças relatadas pela GHF que impediriam a entrega de alimentos.

Esta é a terceira suspensão da entrega de alimentos em Gaza nesta semana: os três postos da GHF no território palestino também não funcionaram na quarta nem na sexta-feira. Ou seja, os palestinos receberam alimentos apenas um dia nos últimos quatro dias. Na quinta-feira, a operação de entrega funcionou parcialmente em Rafah.

Israel também vem recebendo críticas da ONU e de ONGs que operam em Gaza por não deixar organizações internacionais operarem na ajuda humanitária aos palestinos, que enfrentam grave crise humanitária —a ONU alerta para o risco de fome generalizada no território.

Segundo a ONU, a maior parte da população de 2,3 milhões de Gaza corre risco de fome após um bloqueio israelense de 11 semanas ao território —considerado um enclave por sofrer um bloqueio, por Israel, em suas fronteiras terrestres e também em sua costa.

Gaza Humanitarian Foundation

A organização, com sede no Delaware, estado americano que funciona como um paraíso fiscal, foi criado em fevereiro sem histórico de atuação relevante em lidar com crises humanitárias, mas que mesmo assim recebeu sinal verde dos EUA e de Israel para controlar a distribuição de ajuda em Gaza.

Até mesmo as origens do grupo são opacas. Inicialmente, falou-se que o grupo tinha registro na Suíça, mas jornalistas não encontraram nada no endereço indicado. O registro no Delaware foi descoberto pelo jornal "The New York Times".

Além disso, segundo informações do "Times" e do jornal israelense "Haaretz", a GHF mantém laços estreitos com duas empresas dos EUA que ficaram responsáveis por garantir a segurança nos centros de distribuição em Gaza.

Essas empresas são a Safe Reach Solutions (SRS) e UG Solutions. A primeira delas é ligada a um ex-agente da CIA. Segundo o jornal americano, não está claro de onde vem o dinheiro da GHF, tanto para pagar as firmas de segurança quanto para distribuir os alimentos.

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