"China e União Europeia devem não apenas resguardar seus próprios direitos e interesses legítimos, mas também a justiça e a equidade internacionais, bem como as regras e a ordem internacionais", continuou.
O encontro dos dois líderes serviu para estreitar laços comerciais entre a Espanha e a China. Segundo o primeiro-ministro espanhol, os países assinaram acordos de cooperação nas áreas de ciência, tecnologia, educação e cinema.
Presidente da China e primeiro-ministro espanhol — Foto: Reuters
Em mais um capítulo da Guerra Comercial, os Estados Unidos explicaram nesta quinta (10), que as tarifas impostas ao país asiático somam 145%. Um dia antes, Trump havia aumentado para 125% a cobrança sobre os produtos chineses — antes, a taxa era de 104%.
Antes da explicação da Casa Branca, a China já havia dito que afirmou que os desafios econômicos "aumentaram significativamente" e seguiu criticando as medidas.
O país asiático também voltou a dizer que não vai recuar diante das provocações de Trump. "Nunca aceitaremos pressão extrema ou intimidação por parte dos Estados Unidos".
"Vamos lidar inabalavelmente com nossos próprios assuntos, para compensar a incerteza do ambiente externo", continuou.
Os Estados Unidos revidaram com mais um aumento de taxa, chegando a 125%. Posteriormente, a Casa Branca esclareceu que esse aumento é em relação à taxa de 84% anunciada por Trump nesta semana, que, por sua vez, se soma à tarifa de 20% relacionada ao fentanil e imposta anteriormente à China.
Entenda como a taxa sobre a China chegou a 145%:
- No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
- Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
- Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
- Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a tarifa contra os asiáticos, na mais nova ofensiva. Esse valor foi somado aos 20% que já eram aplicados antes de abril, chegando aos 145%.

Trump eleva para 125% tarifas contra China
Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim — Foto: Tingshu Wang/Reuters
Paralelamente, o líder norte-americano anunciou uma redução para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.
Na prática, os EUA passam a ter agora uma taxa geral de 10% sobre quase todas as importações do país, o que inclui produtos brasileiros. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo.
Veja a íntegra da nota de Donald Trump
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
Trump eleva tarifas contra a China para 125% — Foto: Truth Social/Reprodução
Entenda, ponto a ponto, o embate entre China e EUA
- Na quarta-feira passada (2), Trump detalhou a tabela de tarifas cobradas de mais de 180 países e regiões, com taxas vão de 10% a 50%.
- As taxas menores passaram a valer já no último sábado (5). As maiores, que visam atingir países com os quais os EUA têm déficit comercial, seriam cobradas a partir de hoje.
- A China foi um dos países atingidos — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa alíquota se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
- Como resposta ao "tarifaço", o governo chinês impôs, na sexta passada (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas.
- Os EUA decidiram, então, aumentar a aposta. Trump deu um prazo até as 13h (horário de Brasília) desta terça-feira (8) para o país asiático retirar as tarifas, ou seria ou seria taxado em mais 50%, levando o total das tarifas a 104%.
- A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".
- Mais tarde, o presidente norte-americano anunciou, então, as taxas de 125%.
Nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sugeriu que Trump usou as tarifas para criar vantagens de negociação.
Apesar da nova ofensiva contra os chineses, o recuo de Trump em relação ao tarifaço fez o humor dos mercados mudar completamente.
Os principais índices dos EUA dispararam e fecharam com ganhos de até 12% nesta quarta. As bolsas asiáticas também fecharam em alta nesta quinta (10).
Veja abaixo o desempenho:
- Dow Jones avançou 7,87%, aos 40.608,45;
- S&P 500 avançou 9,52%, aos 5.456,9;
- Nasdaq avançou 12,16%, aos 17.124,97.
Com os resultados, o índice Nasdaq registrou sua maior alta diária desde 2001, enquanto o S&P 500 teve seu melhor desempenho desde 2008. Para o Dow Jones, foi o melhor dia desde 2020.

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6 meses atrás
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