Empresas de cibersegurança vivem correndo atrás de ameaças que podem afetar os computadores e os sistemas de seus clientes. Até por isso é muito comum que esses programas tenham atualizações frequentes e que sua instalação seja uma prioridade, realizada logo na inicialização da máquina.
No caso da CrowdStrike, a nova atualização parece não ter sido submetida a processo de testagem que pudesse identificar o tilt que a sua implantação iria gerar.
Aqui entra em cena o segundo elemento: redundância. Foram afetadas pela pane as empresas que rodam computadores com sistema operacional Windows, usam a solução de cibersegurança da CrowdStrike e cujas máquinas foram inicializadas (ou atualizadas) na manhã da sexta-feira (19).
O caso deve gerar uma reflexão sobre a necessidade de as empresas terem uma alternativa para situações como essa, um plano B que permita a continuidade do negócio.
Um efeito natural é o aumento da atenção, inicialmente por parte das maiores empresas, no desenvolvimento das suas próprias soluções de cibersegurança, além de um olhar mais dedicado aos planos de operação para situações emergenciais.
O terceiro elemento da equação é concentração. Quanto menor o número de atores envolvidos em um dado mercado, maior o risco de que um incidente que comprometa a operação de um deles possa gerar um efeito sistêmico.
Estamos muito acostumados a falar sobre concentração e big techs, mas as preocupações são, de certa forma, escaláveis para diversos segmentos de mercados digitais.
Se muita gente foi apresentada à CrowdStrike por ocasião da pane, essa apresentação acabou chamando atenção também para o número de grandes empresas que se valem dos seus serviços.
O apagão digital mostrou o que acontece quando uma empresa de forte atuação no mercado de cibersegurança causa uma falha em clientes que usam justamente o sistema operacional mais popular do mundo.
Quanto mais diversificado for um mercado, menor o risco de que um episódio como esse possa tirar do ar uma fatia expressiva de empresas atuante nos mais diversos setores. E esse é, por fim, o último elemento que ajuda a entender o caos experimentado por conta do apagão digital: cibersegurança é um tema que atravessa horizontalmente todos os setores, da saúde ao transporte, do entretenimento às finanças. Por isso o apagão digital chacoalhou o mundo.
Invisibilidade do que acontece atrás das telas, a falta de redundância por parte das empresas e a concentração de atores em certos mercados são três elementos que ajudam a explicar a grandeza e o impacto do apagão digital.
Se somados à horizontalidade dos serviços de cibersegurança, cada vez mais essenciais, fica fácil entender a importância do evento disruptivo dessa semana e quais lições podemos tirar dele.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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1 ano atrás
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