Na próxima sexta-feira (31), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza o Leilão de Transmissão 4/2025 na sede da B3, em São Paulo. No total, a concorrência vai oferecer sete lotes de empreendimentos, em diversas regiões do Brasil, que implicarão investimentos estimados em cerca de R$ 5,5 bilhões, sendo desse total em torno de R$ 1 bilhão a ser aportado em obras no Rio Grande do Sul (principalmente) e Paraná.
O lote que contempla os dois estados do Sul é o 3, que prevê a construção de 99 quilômetros de linhas de transmissão e uma série de obras em subestações de energia. A maioria das ações acontecerá em território gaúcho, em locais próximos a municípios como Erechim, Boa Vista do Buricá, Caxias do Sul, Santa Rosa, São Sebastião do Caí, Ivoti e outros. Vencerá a disputa pela implantação desses empreendimentos a empresa que apresentar o menor valor de Receita Anual Permitida (RAP), em reais por ano, pela cobrança do serviço de transmissão de energia. O prazo de conclusão das iniciativas previstas no Rio Grande do Sul e Paraná é de 48 meses, a partir da assinatura do contrato de concessão.
O Lote 3 retorna à licitação após ter sido retirado de leilão ocorrido em 2024. Essa exclusão do certame foi devida às enchentes que afetaram praticamente todas as regiões gaúchas. De acordo com a Aneel, a localização das subestações e de outros equipamentos foi alterada visando a segurança na futura operação.
A presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Daniela Cardeal, recorda que no ano passado, quando se percebeu a iminência da retirada das obras do certame, o sindicato manifestou sua preocupação quanto à medida, pois considerava que não havia a necessidade de tomar essa atitude. “Mas, enfim, após conversas com o Ministério de Minas e Energia e com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com acompanhamento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Frente Parlamentar para (Energias) Renováveis, a gente concordou com a retirada”, comenta a dirigente.
Ela lembra que o Ministério de Minas e Energia e a EPE se comprometeram não somente a revisar os empreendimentos que seriam retirados momentaneamente do certame, como incluir alguns novos que trariam mais segurança de transmissão de energia para o Estado. A presidente do Sindienergia-RS celebra a perspectiva da confirmação dessas obras, contudo adianta que os investimentos no sistema de transmissão da região não poderão parar.
Daniela ressalta que novos complexos a serem instalados no Rio Grande do Sul, como data centers (da Scala Data Centers, em Eldorado do Sul), fábrica de celulose (da CMPC em Barra do Ribeiro) e um hub aeronáutico (da Aeromot, em Guaíba), irão aumentar o consumo de energia. A dirigente estima que é possível, nos próximos cinco anos, que a demanda de energia elétrica no Estado mais que duplique. Por outro lado, ela também vê o Rio Grande do Sul com potencial de triplicar sua capacidade de geração, caso tenha mercado para isso. “E aí como estaremos nessa questão da segurança do sistema de transmissão?”, indaga.
Segundo Daniela, o Sindienergia-RS está contribuindo com o Comitê de Operação e Planejamento do Setor Elétrico do Rio Grande do Sul (Copergs) para elaborar um estudo que aponte as necessidades quanto a novas linhas de transmissão e investimentos em subestações. Além das obras previstas no Rio Grande do Sul e Paraná, o certame que será disputado na sexta-feira definirá empreendimentos em outros dez estados do País: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo. Serão implementados 1.081 quilômetros em linhas de transmissão e obras de várias subestações. O prazo para conclusão das ações varia de 42 a 60 meses e a perspectiva é da geração de aproximadamente 13 mil empregos diretos e indiretos com os trabalhos que serão feitos.
Descrição do Lote 3:
- Subestação 525/138 kV Erechim - (6+1 Res) x 50 MVA.
- Subestação 230/69 kV Boa Vista do Buricá 2 - (6+1Res) x 33,33 MVA.
- Trechos de linha de transmissão 525 kV entre a subestação Erechim e a linha de transmissão 525 kV Itá - Caxias Norte C1, com 2 x 1,5 km.
- Trechos de linha de transmissão 230 kV entre a Boa Vista do Buricá 2 e a linha de transmissão 230 kV Guarita - Santa Rosa C1, com 2 x 5,5 km.
- Linha de Transmissão 230 kV Ivoti 2 - São Sebastião do Caí 2, com 20,4 km.
- Linha de Transmissão 230 kV Caxias - São Sebastião do Caí 2 C1, com 42,6 km.
- Subestação 230/138 kV São Sebastião do Caí 2 - 2 x 150 MVA.
- Subestação 230/138 kV Ivoti 2 - 2 x 150 MVA.
- Trechos de linhas de transmissão 230 kV entre a subestação Ivoti 2 e a linha de transmissão 230 kV Caxias - Campo Bom C1, com 1 km.
- Trechos de linhas de transmissão 230 kV entre a subestação Ivoti 2 e a linha de transmissão 230 kV Caxias - Campo Bom C2, com 1 km.
- Linhas de transmissão 230 kV Sarandi - Maringá, C1 e C3, CD, com 18,2 km (nova linha de transmissão na mesma faixa do C1 existentes, com maior capacidade).
Fonte: Aneel

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