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Lula deu a declaração durante entrevista no Palácio do Planalto ao ser questionado sobre uma nota da Embaixada de Israel no Brasil, que afirmou, sem citar Lula, que autoridades ao redor do mundo "compram mentiras" do grupo terrorista Hamas sobre o conflito no Oriente Médio.
Ainda sobre a nota, Lula disse que não cabe a um presidente da República responder a uma embaixada e reiterou que considera os ataques de Israel um "massacre" contra mulheres e crianças palestinas.
"Exatamente por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino. Eles se comportam como se o povo palestino fossem cidadãos de segunda classe", completou o petista.
Na entrevista, o presidente da República também declarou que todas as "pessoas de bom senso" no mundo estão se posicionando contra a ofensiva israelense.
Nota da Embaixada de Israel
A nota não faz menção a Lula, mas foi divulgada depois que o petista criticou, no fim de semana, ações militares de Israel em Gaza, afirmando que o governo Netanyahu age com "vingança" contra os palestinos e que acontece um "genocídio" na região.
Lula durante entrevista no Palácio no Planalto em 3 de junho de 2025 — Foto: Evaristo Sá/AFP
Desde que a guerra entre o governo de Israel e o Hamas começou, em outubro de 2023, o governo brasileiro tem defendido que as partes cheguem a um acordo de cessar-fogo permanente, que permita a entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estimam em cerca de 60 mil o número de pessoas que já morreram desde o início do conflito.
Além disso, o governo de Israel tem bloqueado ou permitido somente a entrada parcial de ajuda humanitária, abaixo do que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima ser o necessário para atender à população.
Nesse cenário, o governo brasileiro tem feito reiteradas críticas à forma como Netanyahu conduz o processo, seja por meio de declarações do presidente Lula ou por comunicados oficiais divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores.
Além disso, ao longo dos últimos meses, o governo brasileiro:
- defendeu a saída completa das tropas israelenses de Gaza;
- questionou os limites éticos e legais das ações militares do governo Netanyahu;
- declarou que israelenses agem como "colonos" contra os palestinos;
- afirmou que a estratégia militar israelense dificulta um eventual acordo.
Recentemente, ao participar de duas audiências no Congresso Nacional, o chanceler brasileiro Mauro Vieira se referiu ao que acontece em Gaza como "carnificina".
Brasil condena postura de Israel; Lula fala em genocídio
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