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Mark Zuckerberg encerra checagem de fatos; veja vídeo e entenda o que muda

Mark Zuckerberg anunciou, nesta terça-feira (7), o fim do fact-checking nas redes sociais da Meta, como o WhatsApp, Instagram, Facebook e Threads. Em um vídeo de cinco minutos publicado em seu perfil, o CEO da big tech afirmou que a medida busca "reduzir a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes". A empresa passará a adotar o sistema de notas da comunidade, já utilizado pelo X (antigo Twitter). Nesse modelo, conteúdos considerados menos graves serão verificados pelos próprios usuários, que poderão adicionar informações complementares às postagens ou denunciá-las.

Sob a justificativa de promover a liberdade de expressão, a decisão de Zuckerberg de encerrar a moderação de conteúdos nas plataformas é vista como um gesto político em direção ao republicano Donald Trump, eleito novamente presidente dos Estados Unidos nas eleições de novembro de 2024. A seguir, entenda o que muda para você ao usar as redes sociais da Meta.

 Mark Zuckerberg anuncia mudança na plataforma; veja

Fim do 'fact-checking' na Meta: Mark Zuckerberg anuncia mudança na plataforma; veja

Por que a Meta encerrou o sistema de checagem?

Segundo a Meta, o encerramento do sistema de checagem pretende corrigir distorções que, segundo a própria empresa, poderiam ser interpretadas como censura. "Chegamos a um ponto em que há muitos erros e muita censura", afirmou Mark Zuckerberg em seu pronunciamento. Com a decisão de flexibilizar a checagem de publicações consideradas "menos graves", como conteúdos políticos, a big tech argumenta que poderá concentrar esforços na verificação de postagens de "alta gravidade", incluindo casos de "terrorismo e exploração sexual infantil".

Como funciona o fact-checking da Meta?

A big tech mantém parcerias com empresas de fact-checking e contava com um setor próprio dedicado à verificação de postagens desde 2016. Em seu pronunciamento, Zuckerberg afirmou que o sistema apresentava diversas falhas, como a remoção de conteúdos ou exclusão de contas de forma injusta. O empresário também alegou que as equipes externas "têm sido muito tendenciosas politicamente e destruíram mais confiança do que criaram".

Pronunciamento de Mark Zuckerberg

Em um vídeo destinado a uma audiência de 3 bilhões de pessoas, Mark Zuckerberg apresentou suas justificativas para a mudança no sistema de checagem. O CEO da Meta mencionou preocupações com censura e afirmou que trabalhará em parceria com o governo Trump para reverter a situação. "Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo que estão perseguindo empresas americanas e implementando mais censura", declarou Zuckerberg.

O executivo também criticou a Europa e países da América Latina, acusando-os de tentar restringir a liberdade de expressão nas redes sociais. Sem apresentar evidências, o executivo afirmou que "os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar, de forma silenciosa, a remoção de conteúdos pelas empresas".

Como deve funcionar a moderação por notas da comunidade?

A partir de agora, a moderação das postagens será realizada por meio de notas da comunidade, uma funcionalidade recentemente implementada pelo X (antigo Twitter), rede social de Elon Musk. Esse modelo transfere a responsabilidade de verificar o conteúdo publicado da big tech para os usuários. A partir das denúncias a publicações consideradas falsas ou criminosas, usuários do Facebook e do Instagram poderão adicionar informações complementares para indicar que determinado conteúdo não corresponde aos fatos.

Em comunicado oficial, a empresa afirma que as mudanças na moderação serão implementadas primeiro nos Estados Unidos, ao longo dos próximos dois meses. De acordo com a Meta, apenas os usuários serão os responsáveis por avaliar a relevância das Notas da Comunidade, e é isso que vai definir quais delas serão exibidas nas redes sociais. Assim como no X, a ideia é que diferentes pessoas sejam convidadas a avaliar cada nota, a fim de garantir a aprovação de comentários realmente construtivos e imparciais.

Por fim, a empresa afirma que pretende garantir a transparência sobre como as diferentes opiniões serão representadas na ferramenta. Usuários dos Estados Unidos que quiserem estar entre os primeiros avaliadores já podem se inscrever no Facebook, Instagram e Threads.

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