O início das operações do projeto Fosfato Três Estradas, da Águia Fertilizantes, cujas instalações têm previsão de começar em agosto, deve representar para o município de Lavras do Sul uma injeção anual de R$ 1,5 milhão na arrecadação municipal a partir de tributos como o ICMS e a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), estima o prefeito Renan Delabary (PP).
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O início das operações do projeto Fosfato Três Estradas, da Águia Fertilizantes, cujas instalações têm previsão de começar em agosto, deve representar para o município de Lavras do Sul uma injeção anual de R$ 1,5 milhão na arrecadação municipal a partir de tributos como o ICMS e a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), estima o prefeito Renan Delabary (PP).
Segundo o chefe do Executivo lavrense, a exploração de fosfato na cidade, cuja produção envolve a extração de minérios utilizados na fabricação de fertilizantes, deve diminuir a dependência do RS e do Brasil de fertilizantes importados. “O fosfato consumido no Brasil vem majoritariamente da Ucrânia, que enfrenta uma guerra. Todos os indicativos de mercado favorecem a viabilidade e o sucesso do projeto em Lavras”, avalia o prefeito.
De acordo com Delabary, além dos tributos, o projeto deve gerar efeitos em cadeia para a economia local, com impacto direto em setores como hospedagem, alimentação, comércio e prestação de serviços. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o prefeito também celebrou o relançamento da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Região da Campanha, pontuando que a mobilização conjunta dos municípios fortalece a concretização de demandas relacionadas não só à mineração, mas também ao agronegócio e qualificação de serviços públicos.
Jornal do Comércio – Lavras do Sul tem uma história ligada à mineração. Além da exploração de ouro, a perspectiva mais próxima para o setor é a da instalação de uma mina para a extração de fosfato. O que esse setor representa hoje para o município?
Renan Delabary - Lavras do Sul, dos 497 municípios do estado, é o único que é genuinamente, originariamente, nascido em prol da mineração. Então, das bacias do nosso rio Camaquã, do Santo Antônio das Lavras, nasceram os primeiros garimpos e a cidade se tornou e se desenvolveu em torno da atividade da mineração, especificamente naquela época. Nós temos hoje a Lavras do Sul Mineração, que é uma empresa que está gerando praticamente em torno de 100 empregos diretos e mais alguns, dezenas de empregos indiretos, na prospecção, na fase de pesquisas da mineração. E os resultados preliminares que nós temos, as informações são muito positivas, muito boas. E o Projeto Fosfato Três Estradas já é mais consolidado.
JC – Qual a estimativa de impacto financeiro para Lavras do Sul com o início da extração de fosfato?
JC – Há uma projeção de um acréscimo em torno de R$ 1,5 milhão ao município anualmente, somados o CFEM e o ICMS. Mas a gente tem que lembrar que essas empresas, genuinamente, elas trazem outros ganhos para o município, que são os seus colaboradores, são os seus aluguéis, hotéis, pousadas, restaurantes, demandas por mão de obra local que ficam também vinculadas a esse serviço. Então acredito que esse benefício possa ser quase equivalente ao dobro desse valor injetado diretamente no orçamento do município. Enfim, a gente tem muita esperança, afinal de contas o fosfato consumido não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil, ele vem da Ucrânia, que está lá num conflito com a própria Rússia. Então, todos os indicativos de mercado favorecem para que nós consigamos, além de abrir a mina e materializar a exploração, também ter, depois, um consequente sucesso na venda do produto, que é um produto orgânico, e um produto que com certeza vai fazer muita diferença, principalmente nos solos, na metade Sul, na Campanha e na fronteira Oeste do RS.
JC – Que tipo de expectativa o relançamento da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Região da Campanha gera para o município?
Delabary - Gera uma perspectiva muito positiva, porque acreditamos que os municípios, mobilizados juntos com a força dos poderes executivos e legislativos de vários municípios da região, nos fortalece junto às demandas que temos, que são inúmeras. Não são só econômicas, mas também são estruturais, sociais, de saúde, educação, de desenvolvimento. E acreditamos que um bloco formado com uma maior representatividade em frente aos poderes, tanto a Assembleia Legislativa quanto o governo do Estado, pode sim ter mais importância, peso e uma maior representatividade para eventuais conquistas das nossas regiões.
JC – Quais são as principais demandas e desafios de Lavras do Sul nesse sentido?
Delabary - O principal desafio de governar o município de Lavras do Sul hoje é que nós somos uma cidade genuinamente produtora de carne. E, de uns 20 anos para cá, nós também passamos a ser uma cidade produtora de grãos. Lavras do Sul hoje planta em torno de 55 mil hectares de soja. E viemos, desde 2020, sofrendo com as severas estiagens que assolam o estado do Rio Grande do Sul, em especial a região da Campanha. Então, isso tem de forma direta refletida nos nossos índices de arrecadação. Isso, além do enfraquecimento da economia local, deve-se muito a esses últimos anos de estiagens que vêm prejudicando não só o setor da pecuária, mas também, principalmente, o setor produtivo de grãos, que tem uma representatividade socioeconômica muito grande dentro do nosso município hoje. Ainda não foi encerrada a colheita, mas estamos ainda tentando mensurar os prejuízos causados por essa estiagem.

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