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Ministro de Israel ameaça anexar partes de Gaza: 'Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá'

"Ordenei que o Exército tomasse mais território em Gaza (...). Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel", disse Israel Katz.

O ministro israelense também ameaçou "expandir as zonas-tampão ao redor de Gaza para proteger as populações civis" por meio de uma "ocupação israelense permanente" dessas áreas.

A volta do conflito após período de cessar-fogo

Após dois meses de uma frágil trégua, Israel lançou na terça-feira (18) bombardeios massivos contra o território palestino. Já na quarta-feira (19) novas operações terrestres foram feitas, com o objetivo de pressionar o movimento islamista a liberar os últimos reféns.

Segundo a agência de Defesa Civil da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, pelo menos 504 pessoas, incluindo 190 menores, morreram em Gaza desde que Israel retomou seus ataques.

Mesquita Salim Abu, destruída durante a guerra entre Israel e Hamas, no oeste de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em 14 de março de 2025 — Foto: Bashar Taleb/AFP

Um alto funcionário do Ministério do Interior do governo do Hamas declarou à AFP que o Exército israelense fechou na quarta-feira a passagem dos Mártires, chamada de Netzarim pelos israelenses. Este é o principal ponto de travessia entre a Cidade de Gaza e o sul do território.

O exército também anunciou nesta quinta-feira que matou o chefe da agência de segurança interna do Hamas em Gaza.

A primeira fase da trégua, que terminou em 1º de março, resultou na devolução de 33 reféns a Israel, oito deles mortos, e na libertação de cerca de 1.800 prisioneiros palestinos.

Desde então, as negociações mediadas pelo Catar, Estados Unidos e Egito ficaram paralisadas.

O Hamas deseja avançar para a segunda fase do acordo, que prevê um cessar-fogo permanente, a retirada israelense de Gaza, a reabertura das passagens fronteiriças para a ajuda humanitária e a libertação dos últimos reféns.

Por outro lado, Israel quer prolongar a primeira fase até meados de abril e, para passar à segunda etapa, exige a "desmilitarização" de Gaza e a saída do Hamas, que governa o território desde 2007.

Como medida de pressão, Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária e cortou o fornecimento de eletricidade para o território sitiado, onde vivem cerca de 2,4 milhões de palestinos, e não descarta retomar a guerra caso o Hamas não ceda.

A guerra foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando 1.218 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva de retaliação que já deixou pelo menos 49.617 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

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