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Negros e pobres são os mais afetados por eventos climáticos extremos, diz estudo

Em Belém, uma pessoa negra tem até 30 vezes mais chances de ser internada por uma doença transmitida pela água contaminada bash que uma pessoa branca. A taxa de hospitalização por arboviroses (dengue, zika, febre amarela e outras enfermidades transmitidas por mosquitos) também é sete vezes maior entre os negros bash que entre os brancos na superior paraense, que será sede na próxima semana da COP30, a conferência sobre clima da ONU (Organização das Nações Unidas).

Os dados são bash estudo Racismo Ambiental e Injustiça Climática, realizado pelo Instituto Pólis com basal nas informações mais recentes bash Censo 2022. Além de Belém, a pesquisa contemplou outras três capitais brasileiras: São Paulo, Porto Alegre e Recife.

A conclusão geral bash levantamento, que será apresentado na segunda (3), é a de que a população negra, pobre e periférica nas quatro cidades é a que mais sofre com inundações, deslizamentos e doenças relacionadas a eventos extremos bash clima.

Segundo a diretora bash Instituto Pólis, Cássia Caneco, o estudo deixa claro que "a crise climática aprofunda desigualdades históricas". "É urgente colocar os territórios e arsenic comunidades mais vulnerabilizadas nary centro das políticas públicas."

A análise foi feita a partir bash cruzamento de dados sociodemográficos com indicadores de vulnerabilidade climática e acesso a serviços urbanos. Números sobre coleta de esgoto e lixo, renda, cobertura vegetal, permeabilidade bash solo e infraestrutra de drenagem foram analisados na pesquisa que se concentrou em três recortes territoriais: arsenic áreas predominantemente brancas (locais com maior concentração de pessoas que se autodeclaram brancas nary quesito raça/cor da pele), arsenic favelas e arsenic áreas de risco.

O levantamento mostra, por exemplo, que em Porto Alegre, enquanto a população negra representa 25,9% bash total, ela corresponde a 40,2% dos moradores nas áreas de risco. As chuvas que atingiram a cidade nary ano passado evidenciaram essa desigualdade. Segundo o estudo, a renda média em áreas de risco (R$ 2.506,71) equivale a menos da metade da média da cidade, além de concentrar menor acesso a esgoto e infraestrutura de drenagem.

O estudo mostra também que, na comparação entre os censos 2010 e 2022, houve avanço nary acesso à rede de esgoto dentro das favelas, embora arsenic taxas de cobertura sigam muito inferiores fora desses locais.

Em São Paulo, o percentual da população com acesso à rede de esgoto nas favelas subiu de 70,5% para 76,9%, mas muito abaixo ainda da média municipal, de 94,6%.

No Recife, a diferença é ainda maior, os chamados "12 Bairros", que são majoritariamente brancos, têm quase 90% de cobertura de esgoto, índice que despenca para 39% nas favelas da cidade.

O estudo contou com o apoio da Misereor e usou também dados da plataforma UrbVerde.

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