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Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Não, e aqui está a explicação

Uma decisão do Banco Central do Brasil proibiu o uso das palavras “banco” e “bank” por instituições que não possuem licença bancária. A medida, que atinge diretamente o Nubank, levantou questões sobre a fintech: ela vai acabar? Vai mudar de nome? O próprio Nubank garante que nem uma coisa, nem outra. A empresa pretende se adequar às normas estabelecidas pelo BC, incorporando uma instituição bancária ao seu conglomerado para atender à Resolução Conjunta n.º 17 sobre nomenclatura. Nas próximas linhas, descubra a diferença entre fintech e banco tradicional e veja qual é o posicionamento do Nubank.

Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Não, e aqui está a explicação — Foto: Mariana Saguias/TechTudo Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Não, e aqui está a explicação — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Não, e aqui está a explicação

No índice abaixo, veja os tópicos que serão abordados nesta matéria do TechTudo.

  1. Por que o BC proibiu uso das palavras "banco" e "bank"? Por que isso afetou o Nubank?
  2. O que é fintech? Qual a diferença para um banco normal?
  3. Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Entenda

1. Por que o BC proibiu uso das palavras "banco" e "bank"? Por que isso afetou o Nubank?

O Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram, em novembro de 2025, a Resolução Conjunta nº 17, que define novas regras de nomenclatura para instituições financeiras e de pagamento. A medida proíbe que empresas sem licença bancária utilizem os termos “banco” ou “bank” em sua marca, razão social, domínio na internet ou qualquer comunicação institucional. O objetivo é evitar que consumidores confundam essas empresas com bancos tradicionais ao contratar serviços de fintechs ou instituições de pagamento.

A decisão tem impacto direto sobre o Nubank, que, apesar de ser uma das maiores instituições financeiras digitais do país, não possui licença bancária no Brasil. Atualmente, o grupo opera por meio de diferentes entidades reguladas: uma instituição de pagamento, uma sociedade de crédito e uma corretora de valores. Isso significa que, tecnicamente, não se trata de um banco. Porém, como o nome da empresa contém o termo “bank”, ela precisará se adequar. Vale lembrar que, além do Nubank, outras instituições também estão na mesma situação, como Pagbank.

 Laura Storino/TechTudo Decisão do Banco Central tem como objetivo dar mais transparência ao consumidor sobre natureza do serviço oferecido — Foto: Laura Storino/TechTudo

Fintech é uma empresa que usa tecnologia para oferecer serviços financeiros. Diferente dos bancos tradicionais, que têm autorização para captar depósitos à vista, conceder crédito e oferecer uma grande variedade de produtos, as fintechs geralmente começam com licenças específicas. Elas podem ser instituições de pagamento, que emitem cartões e oferecem contas sem depósitos bancários, ou atuar como sociedades de crédito, financiamento e investimento, corretoras e distribuidoras, entre outras.

Na prática, grandes fintechs oferecem uma experiência digital completa. Mas, por trás disso, cada serviço é regulado por entidades diferentes e nem sempre funciona como um banco. A diferença regulatória — quem pode se chamar “banco”, quem pode captar depósitos de conta corrente e quais regras deve seguir — é o ponto que a nova norma do BC quer deixar claro para o consumidor. A regra exige que a marca reflita o tipo de licença que a empresa possui.

 Laura Storino/TechTudo Fintechs não possuem estrutura regulatória de uma instituição bancária — Foto: Laura Storino/TechTudo

3. Nubank vai mudar de nome? Vai acabar? Entenda

O Nubank declarou que está analisando a determinação do BC e reforçou seu compromisso de seguir prazos e regras, enfatizando que as operações e oferta de produtos continuam sem impacto para os clientes. A empresa afirma possuir todas as licenças necessárias para os serviços que oferece hoje e que a norma é sobre nome, não sobre funcionamento.

Em paralelo, o Nubank anunciou que pretende obter uma licença bancária no Brasil em 2026, incorporando uma instituição bancária ao seu conglomerado para atender à Resolução Conjunta n.º 17 sobre nomenclatura — e, com isso, manter a marca e identidade visual sem alterações.

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