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O plano da ONU para os 60 primeiros dias após o cessar-fogo em Gaza

Segundo as Nações Unidas, centenas de caminhões por dia serão mobilizados para atender os moradores do território, que há meses enfrentam restrições impostas por Israel ao acesso a alimentos e medicamentos.

“Nossos suprimentos, 170 mil toneladas de alimentos, medicamentos e outros itens, estão disponíveis. Nossas equipes corajosas, experientes e decididas estão preparadas”, disse Tom Fletcher, chefe humanitário da ONU.

"A fome deve ser revertida nos lugares em que se enraizou, e prevenida nos demais", acrescentou Fletcher.

O plano prevê assistência alimentar para 2,1 milhões de pessoas e apoio nutricional específico para 500 mil em situação de desnutrição severa. Também inclui o fornecimento de recursos para padarias, cozinhas comunitárias e transferências de dinheiro a 200 mil famílias para compra de alimentos.

A ONU pretende ainda oferecer serviços de água e saneamento a 1,4 milhão de pessoas. “Vamos ajudar a reparar a rede de distribuição, consertar vazamentos e recolher resíduos das áreas residenciais”, afirmou Fletcher.

Saúde, educação e abrigos

O plano da ONU inclui a recuperação do sistema de saúde de Gaza, com envio de equipamentos e medicamentos, ampliação das evacuações médicas e reforço no atendimento básico e na saúde mental.

Também estão previstas milhares de barracas de campanha e a reabertura de centros de ensino temporários para 700 mil crianças.

Para implementar as ações, a ONU diz precisar de “dez condições básicas”. Entre elas, a entrada de 1,9 milhão de litros de combustível por semana, o restabelecimento do gás de cozinha e a abertura de todos os postos de fronteira com mais scanners para agilizar inspeções e garantir a segurança.

Fletcher afirmou que apenas 28% do plano humanitário de US$ 4 bilhões (R$ 21 bilhões) previsto para 2025 foi financiado até agora. Ele alertou que as 170 mil toneladas disponíveis de ajuda, armazenadas em Israel, Jordânia, Egito e Chipre, não serão suficientes para o curto prazo.

“Sejamos claros: este problema não vai desaparecer em dois meses”, disse.
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