"A última preocupação agora é com as lojas. Infelizmente, o que está perdido tá perdido. A frase é de Carlos Klein, dono da rede Via Condotti, que teve duas lojas inundadas situadas em Porto Alegre e Canoas. Klein, que também integra as diretorias do Sindilojas e CDL Porto Alegre, indica dois focos do momento: as pessoas, pois muitos funcionários perderam tudo, e a ajuda a desabrigados. "Vamos trabalhar nesse momento pra não perder aquilo que é irrecuperável (vidas). Depois vamos recuperar o patrimônio com muita garra, força, foco, fé e determinação." O tom deve pautar o que deve em breve entrar em cena: a reconstrução. A coluna buscou opiniões de dirigentes em diversas frentes para mapear o que pode ser feito. Nenhum deles arriscou dimensionar prejuízos. Mas medidas já são claramente vislumbradas:
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"A última preocupação agora é com as lojas. Infelizmente, o que está perdido tá perdido. A frase é de Carlos Klein, dono da rede Via Condotti, que teve duas lojas inundadas situadas em Porto Alegre e Canoas. Klein, que também integra as diretorias do Sindilojas e CDL Porto Alegre, indica dois focos do momento: as pessoas, pois muitos funcionários perderam tudo, e a ajuda a desabrigados. "Vamos trabalhar nesse momento pra não perder aquilo que é irrecuperável (vidas). Depois vamos recuperar o patrimônio com muita garra, força, foco, fé e determinação." O tom deve pautar o que deve em breve entrar em cena: a reconstrução. A coluna buscou opiniões de dirigentes em diversas frentes para mapear o que pode ser feito. Nenhum deles arriscou dimensionar prejuízos. Mas medidas já são claramente vislumbradas:
Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS: As medidas de acolhimento das pessoas desabrigadas e desalojadas são muito importantes, mas não são suficientes para a recuperação do Estado. Se não tivermos recursos colossais a fundo perdido de bilhões de reais, o Rio Grande do Sul não se recupera tão rápido. O Estado é um grande gerador de tributos federais. São cerca de R$ 60 bilhões anuais de empresas e pessoas físicas, mas recebe nem a metade disso de retorno direto. Se não vier recurso a fundo perdido (empréstimos e Pronampe não são suficientes) para capital de giro, para manter empregos e para micro e pequenas empresas remontarem seus negócios (R$ 100 mil a R$ 200 mil), nada do que se está fazendo vai resolver. Precisamos da compreensão de Brasília.
Vilson Noer, presidente da Federação Gaúcha das Associações de Varejo: Os impactos agora são muito maiores do que na Covid-19. As pessoas tiveram de ficar em casa, mas mantiveram sua renda e emprego. Quando voltaram, encontraram as lojas em totais condições estruturais de operação. As empresas durante a pandemia fecharam tudo, perderam vendas por um período. Agora, além de fechar e não ter vendas, os lojistas atingidos - e são maioria no Estado -, não têm ainda noção de como recomeçar. Prejuízos serão conhecidos após baixar a água. Imagina como está o emocional destes empresários? O fator colaborativo tem sido fundamental.
Vitor Koch, presidente da Federação das CDLs-RS: Estou com a mão na massa, literalmente. Fiz uma promoção para as pessoas que foram atingidas pelas cheias em 15 vezes sem juros e estou vendendo muito. Haverá uma movimentação intensa no comércio, podendo acontecer o mesmo em todo o Estado que está acontecendo em minha loja. São praticamente 400 cidades que precisam ser reconstruídas. Materiais de construção, mão de obra, móveis, tintas, matérias elétricos e sanitários serão os mais demandados. Mas dependerá da capacidade de financiamento. Os governos estadual e federal precisam urgentemente criar um plano de financiamento com juros zero e 24/36 e 48 meses para pagar.
Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados: Os supermercados estão fazendo de tudo para manter o abastecimento juntamente com a indústria. Quando cada via é desobstruída, temos condição de fazer reposição e dar segurança aos clientes de que vão encontrar os produtos, mesmo que ainda não das marcas que costumam comprar. A Agas e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estão em projeto grande para doar nos próximos 60 dias cerca de 100 mil kits para a população gaúcha mais necessitada. Vamos ajudar ainda na reconstrução de 150 lojas que foram inundadas, com apoio de fornecedores.
Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista RS: Esta situação é muito pior do que foi na pandemia, que envolvia retomar atividades. Agora, para voltar, precisa ter estrutura que foi destruída. Casos como de Sinimbu, em 95% dos varejos, não sobrou nada, nem as paredes. Outro impacto é o custo de fornecimento e deslocamento para mercadorias chegarem às cidades. Vai ter muita elevação de preços. Computadores e fronts de caixas das empresas não existem mais. São muitos fatores que vão afetar a reconstrução. Os lojistas voltam sem condição financeira, pois já haviam passado por enchentes em 2023. Quem reabrir terá muito investimento. Outro temor é de desemprego, que afeta a renda para gastar no comércio. Vamos ter tempos difíceis de reconstrução.
Irio Piva, presidente da CDL-POA: A volta será gradual e decisão de cada empresa. cada caso será diferente, mas temos uma cultura empreendedora e resiliente, então minha crença é que cada um ao seu jeito vai retomar o mais rápido que for possível. Ainda estamos na fase de cuidar da segurança física, alimentar e psicológica das pessoas, mas ao mesmo tempo já estamos agindo no sentido de conseguir condições de ajuda para viabilizar a retomada e também a sobrevivência das empresas. Sem dúvidas, será necessário medidas em âmbito estadual e federal, isenção de impostos, prolongamento de prazos para pagamento, prazo de carência para pagamento dos novos empréstimos e também suspensão por um período para os financiamentos contraídos na pandemia.
Arcione Piva, presidente do SindilojasPOA: A Covid-19 gerou mais perdas de vidas e prejudicou segmentos específicos. As enchentes atingiram todo mundo, independentemente de ter mais ou menos recursos. Levantamentos prévios indicam que mais de 100 mil empresas foram parcial ou totalmente afetadas. O prejuízo material é milhares de vezes maior agora. Tivemos destruição em massa. Vamos ter surpresas muito ruins quando a água baixar. O Sindilojas, junto com outras entidades, está buscando levantar o tamanho das perdas por empresas para dimensionar as medidas que possam auxiliar na retomada.
Coluna de quinta
"A última preocupação agora é com as lojas. Infelizmente, o que está perdido está perdido." A frase é de Carlos Klein, dono da Via Condotti, com duas lojas inundadas em Porto Alegre e Canoas, que indica dois focos: as pessoas (muitos funcionários perderam tudo) e a ajuda a desabrigados. "Depois vamos recuperar o patrimônio com muita garra, força e determinação." Para isso, o que será preciso? A crise atual é maior do que a da pandemia de Covid-19? Dirigentes varejistas opinam e traçam as medidas que serão essenciais:

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