De Gramado
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De Gramado
O Rio Grande do Sul foi a grande estrela da 36ª edição da Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris), que encerrou exposições e meetings neste sábado (9). O espaço voltado ao Estado era um desejo antigo da organização, concretizado justamente em um ano marcado pela tragédia climática que causou perdas históricas ao setor turístico.
Instalada em um dos maiores estandes da feira, bem no coração de um dos pavilhões do Centro de Eventos Serra Park, a Secretaria de Turismo (Setur) mostrou ao trade turístico que sim, o RS é resiliente, mas que, acima de tudo, está mais do que pronto para receber novamente os turistas.
No estande - 24 das 28 regiões do RS estavam representadas -, estiveram profissionais dos quatro cantos do País ligados ao turismo. “Muitos desses profissionais do trade turístico já chegavam dizendo ‘eu sabia que o RS conseguiria superar, o gaúcho é acolhedor, é forte, é resiliente’”, conta a diretora de Planejamento e Competitividade da Setur, Claudia Mara Borges.
Ela também observou que a recuperação do Estado pós-enchente despertou a vontade do turista de outras regiões do Brasil de conhecer melhor o Rio Grande do Sul. Ao menos 15 estandes de municípios gaúchos - além do da Setur -, como Nova Roma do Sul, Antônio Prado, Ametista do Sul e Marcelino Ramos, que já possuem receptivos turísticos preparados, com roteiros montados, estavam representados no Festuris.
“O que mais estamos trabalhando agora são as conexões para aumentar o tempo do turista no Estado. Vemos pacotes para o Nordeste de sete, 14 dias. Para a Serra Gaúcha, vende-se em torno de quatro dias. Mas a Serra não é só Gramado, Canela e Nova Petrópolis. Temos a Grande Serra, que começa em Novo Hamburgo, na Rota Romântica, e inclui cidades como Nova Pádua, Flores da Cunha, Garibaldi e Caxias do Sul”, argumenta.
Maior vindima da história e Pipa Parade prometem movimentar a Serra Gaúcha a partir de janeiro
Claudia Mara Borges (c), da Setur, mostrou algumas das pipas (ao fundo) que já começaram a ser pintadas por artistas para o Pipa Parade Paula Sória Quedi/Especial/JC
Duas novas iniciativas foram apresentadas no Festuris, que se somam à grande campanha de turismo lançada pelo governo estadual em setembro. Naquele momento, a ideia foi primeiro agradecer pela mobilização nacional para ajudar o RS para, em seguida, mostrar que o Estado já estava pronto para receber novamente os turistas. “O timing foi bem exato para as pessoas terem confiança em emitir passagens aéreas, procurar as agências de turismo e retomar os planos de viajar ao RS”, destaca a diretora de Planejamento e Competitividade da Setur, Claudia Mara Borges.
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Agora, uma dessas iniciativas foi o lançamento oficial da Vindima 2025, cuja promessa é que seja a maior da história do Estado, que ocorre de janeiro a março, período de baixa temporada na Serra. “Vai ser uma grande oportunidade para o turismo de experiência, que é aquele que o visitante mais procura atualmente. Além disso, é uma chance de minimizar os impactos econômicos do inverno, quase todo fechado a turistas”, observa Claudia.
A outra iniciativa é o Pipa Parade, a maior exposição de arte ao ar livre da Serra Gaúcha, que ocorrerá paralelamente à vindima. A inspiração veio do CowParade - em Porto Alegre ocorreu em 2010, espalhando arte em 81 esculturas de vacas pela cidade - e a ideia é cobrir toda a Serra Gaúcha com intervenções artísticas com pinturas em pipas e barricas de vinho. Algumas pipas, inclusive, começaram a ser pintadas durante a Festuris, ao vivo.
O ano também é simbólico para o RS. Em 2025 será comemorado os 150 anos da imigração italiana na Serra Gaúcha e a exposição trará elementos icônicos da cultura italiana que influenciam até hoje a vida dos brasileiros. Serão mais de 30 pontos de exposição, formando um circuito importante para o turista desbravar na região.
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