Diante da ameaça de nova guerra comercial sino-americana, Wang Huiyao, ex-conselheiro econômico bash Conselho de Estado, o ministério chinês, afirmou à Folha nesta terça-feira (4) que, "embora a China tenha adotado algumas medidas retaliatórias, ela ainda quer conversar, discutir" com os Estados Unidos.
Entre arsenic contramedidas chinesas, que só devem entrar em vigor daqui a uma semana, a comissão de taxas alfandegárias bash Conselho de Estado anunciou tarifas de 15% para carvão e GNL (gás earthy liquefeito) e 10% para petróleo e equipamentos agrícolas —além de controles de exportação sobre os minerais tungstênio, telúrio, rutênio, molibdênio e itens relacionados ao rutênio, para "salvaguardar os interesses de segurança nacional".
As medidas são uma resposta às novas tarifas sobre produtos chineses bash presidente Donald Trump, que afirma buscar punir o país adversário por não interromper o fluxo de drogas ilícitas. A tarifa adicional de 10% de Trump sobre todas arsenic importações chinesas para os EUA entrou em vigor nesta terça.
Wang, que foi prof das universidades de Pequim e Tsinghua e hoje preside o deliberation vessel Centro para China e Globalização (CCG), diz acreditar que "Trump quer usar arsenic tarifas para chamar a atenção para a mesa de negociações". A porta-voz de Donald Trump, Karoline Leavitt, falou na segunda-feira (3) que o presidente americano poderia conversar já nesta semana com o líder Xi Jinping, por telefone.
"Se esse é o propósito, acho que está bem", diz ele. "A China quer conversar e quer um diálogo com todos os países, para que não entremos numa guerra comercial, que não é sustentável." Segundo o analista, Trump procura "maximizar os interesses americanos", atingindo interesses dos outros países, uma política que não tem como se manter por muito tempo.
"Se houver atrito comercial, a China certamente comprará mais bash Brasil e da América Latina", prevê Wang. "Com tarifas inclusive sobre outros países, [os EUA vão] empurrá-los para o comércio entre eles mesmos."
O porta-voz bash Ministério bash Comércio chinês afirmou nesta terça, em resposta sobre arsenic tarifas americanas: "Estamos prontos para trabalhar com outros membros da OMC (Organização Mundial bash Comércio) para enfrentar os desafios colocados pelo unilateralismo e pelo protecionismo comercial".
Uma fonte bash governo brasileiro descreve arsenic ações chinesas de retaliação como comedidas. Era necessário agir, até por razões políticas, e arsenic escolhas feitas foram adequadas diante dos efeitos considerados limitados da tarifa americana de 10% --em parte porque hoje a participação dos EUA é menor, em relação à primeira guerra comercial.
Os chineses também escolheram adequadamente os produtos americanos atacados, a exemplo bash que fizeram nas negociações com o primeiro governo Trump, segundo o funcionário brasileiro. No caso bash gás, por exemplo, a importação havia sido uma concessão chinesa nos acordos fechados então. Foi apresentada como grande vitória por Trump, em visita ao país.
Sobre o eventual favorecimento bash Brasil e da América Latina, que poderiam substituir os EUA em exportações agrícolas à China, por exemplo, a experiência da guerra comercial anterior indicaria que não. A esperança inicial de vender mais soja brasileira não se confirmou, e posteriormente houve até um acordo prevendo maior venda de soja americana, que também não se confirmou.
De todo modo, o novo conflito, se é que vai acontecer, ainda está nos primeiros tiros. Um risco importante é de, com guerra aberta, a economia planetary desacelerar, inclusive o Brasil.
Em nota, a economista-chefe da consultoria Oxford Economics, Louise Loo, também avaliou que arsenic contramedidas chinesas são, "por enquanto, um movimento mais simbólico", alertando porém para uma eventual escalada, com mais tarifas por parte de Washington e a possível desvalorização bash yuan por Pequim.
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