A disputa entre Perplexity e DeepSeek deixou de ser apenas uma comparação técnica entre modelos de linguagem. Hoje, ela define dois caminhos distintos no uso de inteligência artificial: de um lado, uma plataforma orientada à pesquisa, com respostas rápidas e totalmente lastreadas em fontes; de outro, um sistema que prioriza profundidade, longos encadeamentos de raciocínio e interação contínua. Ambos se tornaram ferramentas relevantes para quem usa IA no trabalho, nos estudos ou em tarefas cotidianas.
Perplexity ganhou espaço global ao transformar o “motor de resposta” em uma evolução direta do buscador tradicional. Com citações expandidas, relatórios estruturados e um modo de pesquisa profundo, a plataforma atrai quem lida com informação crítica e precisa verificar cada fonte. Já o DeepSeek avançou rápido apostando na eficiência: modelos que entregam raciocínios longos, contexto preservado e acesso gratuito, sem limites de mensagens, algo que pressiona concorrentes premium.
As diferenças vão além do estilo. A forma como cada sistema lida com interface, modelos disponíveis, pesquisa avançada, compreensão multimodal e recursos de personalização revela aplicações distintas. O usuário que precisa de respostas objetivas pode preferir um; quem exige profundidade analítica pode se encontrar no outro. Este comparativo mostra, ponto a ponto, o que cada IA entrega em 2025.
Comparativo entre Perplexity e DeepSeek destaca como cada modelo se comporta em tarefas comuns. A disputa por atenção no mercado de chatbots — Foto: gerado pelo nano banana A seguir, você confere o índice detalhado desta matéria. Ele organiza o comparativo em blocos objetivos para facilitar a consulta, permitindo que você avance diretamente ao aspecto que mais importa no seu uso cotidiano, seja interface, qualidade das respostas, recursos multimodais, planos pagos ou o veredito final.
- Interface
- Modelos de linguagem
- Respostas
- Pesquisa aprofundada
- Processamento de dados
- Geração de imagem
- Recursos
- Planos pagos
- Perplexity vs DeepSeek: qual é melhor?
A interface é o primeiro impacto que o usuário tem ao abrir um chatbot. E é aqui as diferenças entre Perplexity e DeepSeek são evidentes. O Perplexity apresenta uma home minimalista, estruturada como uma barra de busca turbinada, reforçando seu posicionamento como “motor de respostas”. Tudo é guiado para incentivar a pesquisa. Já o DeepSeek aposta no layout clássico de chat, semelhante ao que o público conhece de outros bots.
Enquanto o Perplexity prioriza velocidade e foco, o DeepSeek trabalha com uma interface mais expansiva, com histórico visível e opções para alternar entre modelos. É um ambiente projetado para quem passa longas sessões conversando, ajustando ideias e desenvolvendo textos extensos. Na prática, o usuário percebe essa diferença já no primeiro minuto.
O Perplexity entrega agilidade visual e pouca distração. O DeepSeek, por outro lado, oferece densidade, recursos em lista e um campo de chat mais completo. São filosofias opostas: um busca objetividade máxima; o outro, profundidade de processo.
Interface do Deepseek é minimalista — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
Interface do Perplexity contém mais informações inicialmente, mais ferramentas disponíveis — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo O Perplexity trabalha com uma estratégia híbrida, oferecendo modelos proprietários (como o Sonar) e modelos de terceiros, incluindo GPT-5, Claude 4.1 e Gemini 2.5. Essa flexibilidade é um trunfo: o usuário escolhe o modelo com base no tipo de tarefa. Pesquisas ficam com o Sonar; redação complexa pode ir para GPT-5; comparações técnicas funcionam bem com Claude. É uma vitrine de LLMs premium.
O Perplexity combina vários modelos: Sonar, GPT-5.1, Claude, Gemini 3, etc. Isso é para ajustar cada resposta conforme a necessidade do usuário — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo No DeepSeek, o foco recai sobre modelos próprios, principalmente o DeepSeek-R1 e o DeepSeek-V3. Eles foram desenvolvidos para entregar raciocínio profundo com baixo custo computacional, um diferencial que já chamou atenção do mercado. A ausência de modelos de terceiros deixa a plataforma mais “fechada”, mas também mais estável na experiência geral.
O DeepSeek oferece dois modos de inteligência: o modelo V3, voltado para respostas amplas e conversacionais, e o R1, focado em raciocínio estruturado — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo Na prática, a escolha depende da operação. Se você precisa navegar entre diferentes padrões de escrita e raciocínio, o Perplexity AI oferece mais amplitude. Se a prioridade é consistência, memória longa e pensamento analítico, o DeepSeek sustenta sessões robustas sem perda de contexto.
O Perplexity responde rápido, direto e sempre com referências. É um comportamento semelhante ao Google, porém com texto consolidado em vez de links soltos. Esse formato atende jornalistas, estudantes e profissionais que dependem de dados verificáveis. O conteúdo vem enxuto, objetivo e quase sempre dentro do tom pedido pelo usuário.
O DeepSeek, em contraste, responde de forma mais longa e reflexiva. Ele tende a “pensar em voz alta”, construindo raciocínios mais complexos. Isso agrada quem precisa de brainstorming, análises estruturadas e explicações pedagógicas. Em compensação, a resposta é mais lenta, e às vezes prolixa.
Para avaliar a precisão e a checagem de fatos, submeti as duas IAs ao mesmo prompt: “Explique o que mudou na política de privacidade do WhatsApp em 2024 e cite as fontes utilizadas.” O objetivo foi medir se cada modelo trabalha com informações confirmadas, se consegue identificar dados oficiais e se evita criar mudanças inexistentes no aplicativo. Esse tipo de pergunta expõe a diferença entre respostas baseadas em busca real e aquelas construídas apenas com inferência do modelo.
O teste do prompt realizado no DeepSeek — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
O teste do prompt realizado no Perplexity — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo No conjunto, o Perplexity entrega precisão factual; o DeepSeek entrega profundidade argumentativa. Ambos funcionam muito bem, mas cada um atende a um tipo de demanda editorial.
4. Pesquisa Aprofundada (Deep Research)
O recurso “Deep Research”, do Perplexity, é hoje um dos mais avançados do mercado. Ele executa múltiplas buscas simultâneas, varre dezenas ou centenas de fontes e devolve relatórios estruturados com citações. Para investigações complexas, é um atalho profissional. O usuário recebe sínteses, tabelas e links verificáveis em minutos.
O DeepSeek também oferece pesquisas aprofundadas, mas não no mesmo formato automatizado. Ele realiza análises densas, mas depende do usuário guiar a investigação. Seu ponto forte é a interpretação: ele cruza ideias, cria teorias e desenvolve análises longas, quase como um consultor acadêmico. Mas, ao contrário do Perplexity, ele não “faz a busca sozinho”.
Realizei um teste nas duas IAs. Escrevi o seguinte prompt: "Quais foram as principais mudanças regulatórias envolvendo inteligência artificial anunciadas por governos e organismos internacionais nos últimos 90 dias? Explique cada medida, cite as fontes oficiais e indique a data de publicação de cada informação."
Confira só as respostas do DeepSeek e do Perplexity AI, respectivamente, abaixo:
Resultado do teste da pesquisa aprofundada do Deepseek — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
Resultado do teste da pesquisa aprofundada do Perplexity — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo Após analisar os testes, conclui que se a necessidade é coleta bruta de dados, o Perplexity vence. Se a demanda é leitura crítica, contextualização e debate, o DeepSeek vence. São propósitos diferentes dentro da mesma categoria e, vale destacar que o recurso é permitido gratuitamente no Perplexity AI apenas 2 vezes por dia. Já no DeepSeek, é de forma gratuita e ilimitada.
5. Processamento de dados (imagens, PDFs e documentos)
O Perplexity processa imagens, PDFs e documentos com eficiência. Ele extrai texto, interpreta gráficos e identifica tabelas, sempre linkando eventuais dúvidas a fontes externas. Para quem trabalha com documentos técnicos, o fluxo é rápido e confiável. Ele também é preciso ao descrever imagens, com foco no conteúdo factual.
O DeepSeek trabalha com uma capacidade semelhante, mas com uma nuance: ele descreve imagens de forma mais detalhada e interpretativa. É comum que ele ofereça inferências adicionais e análises mais profundas. Nos PDFs, ele se sai bem, mas ainda não tem a mesma fluidez do Perplexity ao cruzar dados externos com o conteúdo do arquivo.
Para testar essa funcionalidade, realizei o upload de um livro em pdf e digitei o seguinte prompt: Analise este arquivo (imagem/PDF/documento). Extraia todas as informações relevantes, identifique números, datas, nomes, tópicos implícitos, erros e inconsistências. Em seguida, produza um resumo estruturado e liste quais dados você inferiu e quais estavam explícitos.
Veja a seguir os resultados:
O resultado da análise do arquivo realizada pelo DeepSeek — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
O resultado da análise do arquivo realizada pelo Perplexity — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo No uso diário, o Perplexity tende a ser mais funcional; o DeepSeek, mais analítico. Ambos atendem bem a jornalistas, pesquisadores e estudantes.
O Perplexity oferece geração de imagem nativa, integrada ao fluxo de pesquisa. É simples: o usuário pede, e a IA cria. A qualidade é boa, mas limitada no plano gratuito. No Pro, a capacidade cresce, permitindo imagens mais realistas e variações mais avançadas.
O DeepSeek, por sua vez, não traz a mesma robustez na geração de imagens dentro do chat principal. Em algumas versões, depende de integrações externas. Isso limita o uso para quem produz conteúdo visual com frequência. O foco da plataforma é outro: texto e raciocínio.
Pedi para as as IAs criassem uma imagem hiper-realista da Estação da Luz, em São Paulo. O Perplexity ofereceu boas opções para a versão gratuita. Já o DeepSeek, apenas fez a descrição dos elementos necessários para criar essa imagem. Veja abaixo os resultados:
O resultado do DeepSeek não foi satisfatório. A IA apenas descreveu como seria a imagem, mas não criou — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
O resultado do Perplexity sinaliza algumas imagens e também repete a mesma ideia de fazer a descrição da imagem e contar um pouco a história da estação da luz. — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo Se o usuário precisa de imagens constantes, o Perplexity entrega melhor. Se a prioridade é texto, e apenas texto, o DeepSeek cumpre sua função sem dispersar recursos. Com certeza a versão paga atenderá melhor que a gratuita.
O Perplexity inclui pesquisa em tempo real, geração de imagens, análises documentais, Deep Research, páginas estruturadas, organização por espaços e integração com modelos premium. É uma plataforma “tudo-em-um” voltada para produtividade, com foco em resultados verificáveis.
O DeepSeek oferece raciocínio avançado, memória longa, múltiplos modos de escrita, explicações extensas, suporte a longas conversas e acesso gratuito aos modelos R1 e V3. É poderoso, mesmo sem tantos recursos periféricos. Seu diferencial é o pensamento contínuo, útil para quem escreve textos longos.
Aqui, o contraste é direto: o Perplexity é uma suíte de produtividade; o DeepSeek é um motor de raciocínio.
O Perplexity adota um modelo freemium. O plano gratuito é limitado, mas funcional. O Pro custa cerca de US$ 20 mensais e libera modelos premium, Deep Research ilimitado, geração avançada de imagens e opções de personalização. Para quem usa diariamente, o custo-benefício é alto.
O DeepSeek segue o caminho oposto: o chat é totalmente gratuito. Não há limites de mensagens. O único custo é no uso via API, voltado para empresas e desenvolvedores. Essa estratégia democratiza o acesso, mas significa que a plataforma depende menos de recursos premium.
Assim, o Perplexity investe em estrutura e cobra por isso. Por outro lado, o DeepSeek aposta no alcance e mantém uso aberto. São visões comerciais completamente diferentes.
9. Perplexity vs. DeepSeek: qual é melhor?
Se a prioridade é pesquisa rápida, verificável, estruturada e com fontes claras, o Perplexity é superior. É a ferramenta ideal para jornalistas, estudantes, pesquisadores e profissionais que dependem de precisão. A interface minimalista e o Deep Research consolidam esse posicionamento.
Se o foco é raciocínio profundo, conversas longas, análises densas e construção de textos complexos, o DeepSeek leva vantagem. Ele pensa mais, divaga mais e entrega respostas mais extensas, mesmo sem o pacote completo de recursos que o Perplexity oferece. Em resumo:
- Perplexity é a melhor plataforma de pesquisa.
- DeepSeek é a melhor plataforma de pensamento.
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6 dias atrás
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