Segue incerto o número de vagas de empregos a serem fechadas na fábrica da Taurus Armas, em São Leopoldo. Ao contrário do que projetava há cerca de um mês - o fechamento total da operação no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (8), a empresa anunciou que havia tomado a decisão de transferir parte da operação de montagem para os Estado Unidos, mantendo a produção em solo gaúcho. Leia mais: Tarifaço preocupa fabricante de armas Taurus, que exporta 80% da produção aos EUA Há cerca de quinze dias, mês, a maior fabricante de armas de fogo do Brasil e uma das maiores fornecedoras de pistolas para o mercado americano garantiu que, caso a tarifa imposta pelo governo dos EUA fosse mantida, haveria a transferência total da operação. Na ocasião, o CEO Global Salesio Nuhs suscitou na demissão de até 15 mil empregos no Rio Grande do Sul. Desse total, 3 mil postos de trabalho são diretos e, os demais, sistemistas. Nuhs citou a “inviabilidade total” da empresa, que exporta 61% da produção local para os EUA. O executivo responsabilizara a falta de habilidade do governo brasileiro na negociação, resultando em insegurança jurídica para empresários brasileiros. Dias após a manifestação, a empresa reforçou a transferência para os EUA, viabilizando 90 dias de estoque. Além disso, acionou o Governo do Estado, solicitando a antecipação da liberação dos créditos acumulados de ICMS, que poderia “ajudar muito no fluxo de caixa da companhia nesse momento”. A empresa teria créditos acumulados em função de ser uma exportadora e ter como principal destino os EUA. Por meio de nota enviada ao Jornal do Comércio, a empresa se reposicionou, dizendo acreditar na resolução do tema e garantindo que não iria sair do Brasil. Já em nota divulgada na sexta-feira, Nuhs informou que manterá a fabricação de armas no Rio Grande do Sul, dando início à transferência do setor de montagem das armas da família G, principal linha de produto da marca. “A Taurus, desde que as discussões sobre a tarifação dos Estados Unidos começaram, está tomando providências em diversas frentes buscando minimizar os seus efeitos. Desde abril a Companhia começou a reforçar o estoque de produtos acabados nos Estados Unidos, de forma preventiva, para suprir o mercado norte-americano. Temos cerca de 90 dias de estoque, o que dará autonomia de alguns meses com produtos internalizados antes da nova tarifa. A Taurus também antecipou as exportações de algumas peças e partes, para o Estados Unidos, em especial carregadores das armas, visando se antecipar a taxação de 50%”, destaca o texto. A empresa informa ainda que, a partir de setembro, montará cerca de 900 armas nos EUA de um total de 2,1 armas por dia produzidas no Brasil que hoje são destinadas ao país norte-americano. Nesta segunda-feira (11), a empresa ratificou que "apenas iniciou a transferência da linha de montagem", com o intuito de minimizar o impacto da taxação. "Nesse momento, a fabricação das partes e peças das armas da família G, tanto pela Taurus como por fornecedores terceirizados sistemistas, permanecerá no Brasil. A Taurus está em negociação com o governo do Rio Grande do Sul para a liberação de créditos de ICMS e conta com essa medida para fortalecer o fluxo de caixa da Companhia e compensar parte do impacto da taxação de 50%", destaca a empresa. A linha de montagem envolveria, no máximo, 25 funcionários, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Leopoldo e Região (Stimmme SL). “Temos conversado com a empresa, com o sindicato patronal. Não vai ter demissão. O que há é muito boato”, observou o presidente da entidade, Valmir Lodi. O dirigente também observou que a empresa teria problemas para dar início a uma nova produção em solo norte-americano. “Não temos preocupação com isso. É puro boato. A direção nos garantiu que seria inviável fechar aqui e abrir lá, em função do custo de mão de obra por lá”, revelou. Para o prefeito de São Leopoldo, Heliomar Franco, é urgente que o governo federal encontre uma saída para a situação das empresas. “Estamos brigando com um gigante (os EUA). E o governo federal está se debatendo, sem achar uma solução. Não se trata de ideologia, se trata de geladeiras vazias”, disse Franco, referindo-se à possibilidade de desemprego na cidade. “Vamos perder uma grande parceira do município, vai diminuir a arrecadação e o consumo”, projeta o prefeito, considerando o fechamento da Taurus. Quanto á liberação de créditos de ICMS, o processo ainda está sendo analisado pelo Governo do Estado.
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Segue incerto o número de vagas de empregos a serem fechadas na fábrica da Taurus Armas, em São Leopoldo. Ao contrário do que projetava há cerca de um mês - o fechamento total da operação no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (8), a empresa anunciou que havia tomado a decisão de transferir parte da operação de montagem para os Estado Unidos, mantendo a produção em solo gaúcho.
Há cerca de quinze dias, mês, a maior fabricante de armas de fogo do Brasil e uma das maiores fornecedoras de pistolas para o mercado americano garantiu que, caso a tarifa imposta pelo governo dos EUA fosse mantida, haveria a transferência total da operação. Na ocasião, o CEO Global Salesio Nuhs suscitou na demissão de até 15 mil empregos no Rio Grande do Sul. Desse total, 3 mil postos de trabalho são diretos e, os demais, sistemistas. Nuhs citou a “inviabilidade total” da empresa, que exporta 61% da produção local para os EUA. O executivo responsabilizara a falta de habilidade do governo brasileiro na negociação, resultando em insegurança jurídica para empresários brasileiros.
Dias após a manifestação, a empresa reforçou a transferência para os EUA, viabilizando 90 dias de estoque. Além disso, acionou o Governo do Estado, solicitando a antecipação da liberação dos créditos acumulados de ICMS, que poderia “ajudar muito no fluxo de caixa da companhia nesse momento”. A empresa teria créditos acumulados em função de ser uma exportadora e ter como principal destino os EUA. Por meio de nota enviada ao Jornal do Comércio, a empresa se reposicionou, dizendo acreditar na resolução do tema e garantindo que não iria sair do Brasil.
Já em nota divulgada na sexta-feira, Nuhs informou que manterá a fabricação de armas no Rio Grande do Sul, dando início à transferência do setor de montagem das armas da família G, principal linha de produto da marca. “A Taurus, desde que as discussões sobre a tarifação dos Estados Unidos começaram, está tomando providências em diversas frentes buscando minimizar os seus efeitos. Desde abril a Companhia começou a reforçar o estoque de produtos acabados nos Estados Unidos, de forma preventiva, para suprir o mercado norte-americano. Temos cerca de 90 dias de estoque, o que dará autonomia de alguns meses com produtos internalizados antes da nova tarifa. A Taurus também antecipou as exportações de algumas peças e partes, para o Estados Unidos, em especial carregadores das armas, visando se antecipar a taxação de 50%”, destaca o texto. A empresa informa ainda que, a partir de setembro, montará cerca de 900 armas nos EUA de um total de 2,1 armas por dia produzidas no Brasil que hoje são destinadas ao país norte-americano.
Nesta segunda-feira (11), a empresa ratificou que "apenas iniciou a transferência da linha de montagem", com o intuito de minimizar o impacto da taxação. "Nesse momento, a fabricação das partes e peças das armas da família G, tanto pela Taurus como por fornecedores terceirizados sistemistas, permanecerá no Brasil. A Taurus está em negociação com o governo do Rio Grande do Sul para a liberação de créditos de ICMS e conta com essa medida para fortalecer o fluxo de caixa da Companhia e compensar parte do impacto da taxação de 50%", destaca a empresa.
A linha de montagem envolveria, no máximo, 25 funcionários, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Leopoldo e Região (Stimmme SL). “Temos conversado com a empresa, com o sindicato patronal. Não vai ter demissão. O que há é muito boato”, observou o presidente da entidade, Valmir Lodi. O dirigente também observou que a empresa teria problemas para dar início a uma nova produção em solo norte-americano. “Não temos preocupação com isso. É puro boato. A direção nos garantiu que seria inviável fechar aqui e abrir lá, em função do custo de mão de obra por lá”, revelou.
Para o prefeito de São Leopoldo, Heliomar Franco, é urgente que o governo federal encontre uma saída para a situação das empresas. “Estamos brigando com um gigante (os EUA). E o governo federal está se debatendo, sem achar uma solução. Não se trata de ideologia, se trata de geladeiras vazias”, disse Franco, referindo-se à possibilidade de desemprego na cidade. “Vamos perder uma grande parceira do município, vai diminuir a arrecadação e o consumo”, projeta o prefeito, considerando o fechamento da Taurus.
Quanto á liberação de créditos de ICMS, o processo ainda está sendo analisado pelo Governo do Estado.
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