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Pessimismo da indústria gaúcha é o maior desde a pandemia, mostra pesquisa da Fiergs

Os empresários da indústria do Rio Grande do Sul não estão nada confiantes com o cenário econômico. É isso o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs). Conforme o estudo, a confiança dos empresários do setor registrou em agosto o menor nível desde junho de 2020, na pandemia de coronavírus. A percepção negativa se dá como reflexo da combinação de tarifas impostas pelos Estados Unidos com incertezas internas.

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Os empresários da indústria do Rio Grande do Sul não estão nada confiantes com o cenário econômico. É isso o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs). Conforme o estudo, a confiança dos empresários do setor registrou em agosto o menor nível desde junho de 2020, na pandemia de coronavírus. A percepção negativa se dá como reflexo da combinação de tarifas impostas pelos Estados Unidos com incertezas internas.

O indicador atingiu 44,1 pontos, uma queda de 2,6 pontos em relação a julho. Na pandemia, esteve em 42 pontos. O índice de agosto ficou muito próximo ao de maio de 2024 (44,4 pontos), quando o estado enfrentava a maior enchente de sua história. “Um cenário como o que estamos enfrentando, com as consequências já observadas das tarifas e as incertezas em relação ao mercado norte-americano, assim como a política monetária de juros altos no Brasil, deixa os industriais mais preocupados com o futuro. Isso faz com que diminuam a produção e os investimentos, o que, consequentemente, afeta a manutenção e a geração de novos empregos”, afirmou o presidente da Fiergs, Claudio Bier.

O Icei-RS sintetiza a percepção dos empresários gaúchos sobre as condições atuais e sobre as expectativas em relação à economia brasileira e às próprias empresas. Pela metodologia do levantamento, resultados abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.

 O Índice de Condições Atuais recuou em agosto, chegando a 40,8, o menor nível desde junho de 2024 (40,6). A principal causa foi a visão negativa sobre a economia brasileira, cujo índice atingiu 31,9 pontos em agosto, queda de 3,4 em relação a julho. No levantamento, 61,3% dos empresários disseram perceber deterioração das condições econômicas, contra apenas 1,8% que notaram melhora. Em relação à própria empresa, o índice ficou em 45,3 pontos.

O Índice de Expectativas, que mede a visão para os próximos seis meses, também teve retração. Caiu 3,4 pontos em agosto e ficou em 45,7 – o menor nível desde maio de 2020 (35,7), igualando a marca de maio de 2024. O recuo foi puxado pelas perspectivas para a economia brasileira, que caiu 4,4 pontos, de 40 para 35,6, o valor mais baixo desde maio de 2020 (30,9). Mais da metade dos empresários (52,1%) acredita que o cenário doméstico vai piorar, enquanto apenas 5,5% esperam melhora.

As expectativas em relação às próprias empresas para os próximos seis meses também foram atingidas. O índice caiu três pontos, para 50,7 em agosto. Apesar de permanecer ligeiramente acima do limite que separa pessimismo de otimismo, o resultado está bem abaixo da média histórica (59,4 pontos) e só supera momentos de forte crise, como maio de 2024, com as enchentes (47,7 pontos) e novembro de 2022, depois das eleições (49,6 pontos).

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 12 de agosto, com 163 empresas: 37 pequenas, 55 médias e 71 grandes.

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