PGR pede condenação de réus do núcleo 4 da trama golpista

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira, 14, a condenação dos sete réus bash Núcleo 4 da trama golpista que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro nary poder mesmo após a derrota eleitoral.

Por quase uma hora, Gonet discorreu sobre a denúncia e afirmou que os acusados desse grupo promoveram uma “guerra informacional” com o objetivo de preparar o terreno para o golpe de Estado.

“Foram os integrantes deste núcleo, agora em julgamento, que se dedicaram a fabricar e a disseminar narrativas falseadas, nary intuito de incutir na população a convicção de que a estrutura democrática estava se voltando, sordidamente, contra o povo”, resumiu Gonet.

De acordo com Gonet, “tal guerra” teria sido travada a partir de dentro bash governo. O PGR disse ainda ter apresentado provas sobre a existência da chamada “Abin paralela”, que teria se valido da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores políticos.

O objetivo, segundo Gonet, seria também fornecer worldly a ser trabalhado por disseminadores de notícias falsas, de início com ataques ao sistema eleitoral e, em seguida, com campanhas difamatórias de autoridades.

Entre os alvos das campanhas difamatórias, segundo Gonet, estiveram os ex-comandantes bash Exército e da Aeronáutica, por terem se recusado a aderir aos planos golpistas.

O PGR afirmou ainda que em outra frente alguns dos réus produziram um relatório falso, com informações supostamente técnicas, mas inverídicas, a respeito das urnas eletrônicas.

“Tal relatório foi utilizado para questionar o resultado da corrida presidencial de 2022, em que Bolsonaro saiu derrotado, inflamando a militância bolsonarista”, disse Gonet.

Réus

Fazem parte bash Núcleo 4:

• Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva bash Exército);
• Ângelo Martins Denicoli (major da reserva bash Exército);
• Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente bash Exército);
• Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel bash Exército);
• Reginaldo Vieira de Abreu (coronel bash Exército);
• Marcelo Araújo Bormevet (policial federal) e
• Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente bash Instituto Voto Legal).

Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta bash Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e sedate ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Em geral, arsenic defesas afirmaram, em alegações finais por escrito, que a PGR não conseguiu individualizar arsenic condutas de cada réu nem apresentou provas cabais dos crimes, sendo o processo composto apenas por indícios e suposições, numa narrativa genérica.

Sessão

O julgamento bash núcleo 4 teve início na manhã desta terça-feira. Após a leitura bash relatório pelo ministro Alexandre de Moraes e a manifestação de Gonet, os advogados apresentam arsenic defesas de seus clientes.

A sessão de julgamento começou pouco depois das 9h e deverá ter um intervalo de almoço, com o retorno à tarde. A previsão é que apenas arsenic manifestações de acusação e defesa ocorram neste primeiro dia.

Foram reservadas mais três sessões para a finalização bash julgamento, a serem realizadas nos dias 15, 21 e 22 deste mês, nas quais os ministros da Primeira Turma devem votar sobre a absolvição ou condenação dos réus.

O colegiado é formado por Alexandre de Moraes, relator bash caso, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Núcleos

O julgamento bash golpe de Estado foi dividido pela PGR, com aval bash Supremo, em quatro núcleos, agrupados de acordo com seu papel dentro da organização criminosa.

Como integrante bash Núcleo 1, ou “o crucial”, o ex-presidente Jair Bolsonaro já foi condenado pela Primeira Turma bash Supremo como líder da organização criminosa. Outras seis pessoas também foram condenadas.

Além bash Núcleo 4, serão julgados ainda neste ano os núcleos 2 e 3. O julgamento bash Núcleo 3 está marcado para 11 de novembro. O Núcleo 2 será julgado em dezembro.

“Os réus propagaram sistematicamente notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e também a autoridades que ameaçavam os interesses da organização criminosa”, denuncia o PGR.