Portaria recentemente publicada pelo Ministério de Minas e Energia (SNTEP/MME nº 2.942) possibilitará que o projeto Scala AI City, que prevê a implantação de um campus de data centers no município de Eldorado do Sul, conecte-se com as subestações de energia Guaíba 3 e Nova Santa Rita. Na prática, essa ação representa um importante avanço para o empreendimento e um diferencial entre outras iniciativas similares no País, pois sinaliza que uma das principais necessidades de complexos dessa natureza será atendida que, é a disponibilidade de energia.
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Portaria recentemente publicada pelo Ministério de Minas e Energia (SNTEP/MME nº 2.942) possibilitará que o projeto Scala AI City, que prevê a implantação de um campus de data centers no município de Eldorado do Sul, conecte-se com as subestações de energia Guaíba 3 e Nova Santa Rita. Na prática, essa ação representa um importante avanço para o empreendimento e um diferencial entre outras iniciativas similares no País, pois sinaliza que uma das principais necessidades de complexos dessa natureza será atendida que, é a disponibilidade de energia.
“Energia não vai faltar, será mais fácil faltar em Porto Alegre do que no complexo”, comenta o sócio-diretor da Noale Energia e especialista no setor elétrico, Frederico Boschin. Quando totalmente concluída, a “cidade de data centers” que está sendo desenvolvida pela empresa Scala Data Centers representará uma demanda de cerca de 4,75 mil MW (mais que a demanda média de energia de todo o Rio Grande do Sul). A iniciativa, conforme a companhia, está sendo elaborada para atender às crescentes movimentações de processamento de dados e cargas de trabalho de inteligência artificial de grandes empresas globais.
Apesar da enorme necessidade de energia envolvida com a ideia, Boschin frisa que, se o insumo não vier de outras regiões pelo sistema interligado de transmissão brasileiro, projetos de usinas locais poderão satisfazer o consumo da estrutura. “O Rio Grande do Sul tem de 4 mil MW a 5 mil MW de geração eólica para serem colocados no sistema em curtíssimo espaço de tempo, no máximo em cinco anos”, assinala Boschin.
O Rio Grande do Sul, de acordo com o sócio-diretor da Noale, tem uma janela de oportunidades aberta para se tornar um polo de geração de energia limpa, para atender à demanda do setor de tecnologia. O diretor do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, acrescenta que a área onde será instalada a cidade dos data centers tem muita capacidade de transmissão de energia.
No entanto, ele adianta que, embora tenha sido dado um passo importante com a portaria publicada, ainda não há um parecer de conexão com a rede elétrica. “O Ministério de Minas e Energia dá uma sinalização, mas é óbvio que o Operador Nacional do Sistema (ONS) será soberano na questão do parecer de acesso”, assinala o dirigente.
No entanto, Sari recorda que o projeto em Eldorado do Sul é escalonado, ou seja, o crescimento do empreendimento pode ser conduzido paralelamente com o fortalecimento da infraestrutura de transmissão e opções de geração de energia. Essa característica, diz o representante do Sindienergia-RS, facilita que novas usinas sejam implementadas para atender ao futuro consumo de energia, além de mitigar os impactos ambientais do aumento da produção energética.
Inicialmente, a cidade dos data centers deve demandar cerca de 50 MW. Para essa etapa ser concluída, depois da obtenção do licenciamento ambiental e da autorização da conexão na rede elétrica, as obras de construção deverão levar de 12 a 18 meses. Já o tamanho de 4,75 mil MW deve ser atingido apenas depois de 10 a 20 anos. Na primeira fase é previsto um investimento de cerca de R$ 3 bilhões e posteriormente pode chegar até a R$ 500 bilhões.
Quanto à origem da energia que alimentará a sua unidade, a Scala Data Centers informa que será a partir de fontes renováveis. Sari considera que os data centers que adotarem gerações limpas para atenderem as suas demandas terão vantagens, especialmente, quanto à imagem no mercado. "Planejamento energético deixou de ser apenas uma questão operacional para se tornar um diferencial competitivo estratégico.
Nosso compromisso é com fontes 100% renováveis e certificadas", afirma o CEO e cofundador da Scala Data Centers, Marcos Peigo. Além de contar com fontes limpas de energia, o Rio Grande do Sul apresenta outro benefício para o desenvolvimento de data centers. O clima mais moderado exige menos eletricidade para o resfriamento desses complexos.

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