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Pressão sobre a Casa Branca aumenta após novas revelações sobre falha de segurança envolvendo grupo de chat

O presidente Donald Trump "segue confiando" em sua equipe de segurança nacional, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

O assessor de Segurança Nacional, Mike Waltz, incluiu Goldberg por engano em um grupo de mensagens na plataforma Signal sobre os ataques americanos contra os Houthis.

Segundo a revista, o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, forneceu detalhes muito específicos antes de a operação militar ser lançada, no último dia 15. Hegseth afirma que fez o seu trabalho ao fornecer "informações em tempo real" sobre o ataque. Ao mesmo tempo, ele tem sido alvo de críticas.

"Pete Hegseth deve ser demitido imediatamente se não tiver coragem de reconhecer seu erro e renunciar", disse à rede de TV CNN o líder democrata na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries.

O presidente dos EUA, Donald Trump, em 25 de março de 2025 — Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein

Algumas personalidades apreciadas pelo eleitorado trumpista também expressaram descontentamento. O comentarista conservador Dave Portnoy pediu ao Executivo que assuma "sua responsabilidade".

"Alguém tem que cair, e para mim é Mike Waltz", opinou, em vídeo publicado no X. O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, também citou "um grande erro".

O segundo artigo da revista, após o publicado na segunda-feira (24), inclui capturas de tela de mensagens do secretário de Defesa informando os horários dos ataques planejados, duas horas antes de eles acontecerem.

"Não havia detalhes, não havia nada ali que comprometesse e não teve impacto no ataque, que foi um grande sucesso", afirmou Trump, em entrevista ao apresentador de podcast Vince Coglianese.

O vice-presidente JD Vance, que estava no grupo de mensagens, disse que a Atlantic supervalorizou a história. Já Waltz disse que a reportagem está "sem localizações, sem fontes ou métodos. Sem planos de guerra".

Emojis em chat com a cúpula do governo americano — Foto: Reprodução/The Atlantic

Pete Hegseth ironizou no X o ocorrido e disse que, por falta de pormenores, tratam-se de "planos de guerra realmente medíocres".

Mas a democrata Tammy Duckworth, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, chamou Hegseth de mentiroso: "Trata-se claramente de informações classificadas, que vazaram por negligência."

No primeiro artigo, o editor-chefe da Atlantic descreveu como foi adicionado por engano a um grupo de mensagens em que os cargos mais altos do governo — incluindo os chefes do Pentágono e da CIA — conversavam sobre futuros ataques contra os Houthis, aliados do Irã.

Em seu novo artigo, a revista informa que entrou em contato com funcionários do governo para perguntar se eles concordavam com a publicação de mensagens mais específicas do que as mencionadas no primeiro artigo.

A Casa Branca disse que não, segundo a Atlantic. A revista, no entanto, publicou a maior parte das mensagens, ocultando apenas o nome de um agente da CIA.

  • "12h15: F-18s decolam (primeiro grupo de ataque)", escreveu Hegseth no grupo.
  • "O alvo terrorista está em sua área conhecida", escreveu o secretário de Defesa, em estilo telegráfico, em 15 de março.
  • "14h10: Mais F-18s LANÇADOS (2º pacote de ataque)", escreve o chefe do Pentágono em um ponto.
  • "14h15: Drones de ataque no alvo (É NESSE MOMENTO QUE AS PRIMEIRAS BOMBAS DEFINITIVAMENTE CAIRÃO)".

Pouco depois, Mike Waltz enviou informações em tempo real sobre as consequências de um ataque: "O prédio desabou. Tive várias identificações positivas" e "trabalho incrível".

Os Huthis afirmaram que os ataques americanos mataram cerca de 50 pessoas e feriram uma centena.

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