A prévia da inflação de novembro foi de 0,2%, 0,02 ponto percentual acima da taxa registrada em outubro (0,18%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, aponta que a maior variação veio do grupo formado pelas despesas pessoais (0,85%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,5%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.
No grupo das despesas pessoais, o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,9%). A maior variação foi observada em Belém (0,67%), por conta das altas da hospedagem (155,2%) e das passagens aéreas (25,3%). A explicação passa pela 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que terminou no último sábado (22), depois de 13 dias de negociação. Também em novembro, a capital paraense recebeu a Cúpula do Clima, nos dias 6 e 7, encontro internacional que reuniu chefes de Estado e de governo.
De acordo com o IBGE, a inflação na região metropolitana de Belém tem peso de 4,46% na inflação do país. A Grande São Paulo tem o maior peso, 33,45%. Ou seja, se o impacto no preço das hospedagens fosse em São Paulo, o resultado seria muito mais sentido na inflação do país. O professor de economia Gilberto Braga, do Ibmec-RJ, explica que, apesar da localização concentrada da COP30 em Belém, o efeito inflacionário se espalha pelo país. "Mesmo sendo uma ponta de malha de viagem, acaba que, mesmo quem não foi para o destino Belém, acaba sendo influenciado pela necessidade de conexões em outros aeroportos que fazem hub", argumenta. "Então, de alguma forma, a COP30 ajuda a elevar a inflação nessa prévia do IPCA-15", completa.
Os itens de saúde e cuidados pessoais (0,29%) e transportes (0,22%) tiveram o segundo maior impacto no índice geral. No grupo dos transportes, o destaque foi para passagens aéreas, que subiram 11,87% e tiveram o maior impacto individual no índice do mês. Por outro lado, os combustíveis tiveram queda (-0,46%). À exceção do gás veicular, que aumentou 0,2%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%). Já o grupo de habitação desacelerou de 0,16% para 0,09% na passagem de outubro para novembro. A principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial, que passou para uma queda de 0,38%. Em novembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.
Com ABR

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)




:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro