Entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2025, 64% das denúncias anônimas registradas no Canal Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da ONG SaferNet foram sobre conteúdos digitais de abuso e exploração sexual infantil. É o diz um relatório divulgado, nesta quarta-feira (20), pela organização.
A ONG, que atua no combate a crimes e violações de direitos humanos na internet, reforça que, quando envolve crianças e adolescentes, não existe consentimento. “Há sempre uma relação de violência, exploração ou coerção, incompatível com qualquer ideia de sexualidade legítima”, afirma o relatório.
Pico de denúncias e o impacto do vídeo 'Adultização'

O que é adultização?
Na primeira semana do mês, o vídeo “Adultização” teve mais de 40 milhões de visualizações e chamou muita atenção para o tema.
Entre 1º e 18 de agosto, foram registradas 6.278 denúncias anônimas sobre suspeitas de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes. Mais da metade (52%) ocorreu após a publicação do vídeo, segundo a ONG.
Desde então, o canal chegou a registrar picos diários de até 500 denúncias. “O aumento reflete diretamente o impacto da repercussão, que gerou amplo debate e estimulou mais pessoas a reportarem conteúdos ilegais”, diz a SaferNet.
O termo “adultização”, usado por Felca no título do vídeo, ganhou força e passou a ser associado ao projeto de lei que estava parado na Câmara, apelidado de PL da Adultização. Aprovado pelo Senado em 2024, o projeto entrou em regime de urgência na Câmara nesta terça-feira (19). A proposta trata da proteção de crianças e adolescentes na internet.
Uso de IA em conteúdos de exploração de menores
Outro alerta do relatório é o aumento do uso de IA para gerar conteúdos de abuso infantil.
Apesar de artificiais, esses conteúdos causam danos concretos. “Para a criança ou adolescente que tem sua dignidade sexual violada — seja por manipulação de uma foto ou pela criação de um deepfake —, o impacto psicológico, a humilhação e o risco de extorsão são igualmente graves".
A ONG também alerta para a velocidade de disseminação. “Com a IA, é mais rápido e fácil espalhar esse tipo de material, o que pode agravar exponencialmente o potencial de dano”, conclui.

G1 Explica: Deepfake
Adolescente na cama mexendo no celular. — Foto: Freepik

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2 meses atrás
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