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Reino Unido suspende comércio com Israel e convoca embaixadora por ofensiva em Gaza

O governo britânico também impôs novas sanções contra assentamentos na Cisjordânia, em meio a críticas às ações militares israelenses em Gaza.

As medidas desta terça-feira vieram um dia após o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, junto com o presidente Emmanuel Macron, da França, e o premiê Mark Carney, do Canadá, condenarem a condução da guerra em Gaza por parte de Israel e suas ações nos territórios ocupados da Cisjordânia. (Leia mais abaixo)

Starmer afirmou nesta terça que os líderes dos três países estão "horrorizados" com a situação em Gaza.

A suspensão das relações comerciais foi anunciada pelo secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy. Ele afirmou que o atual acordo comercial entre os dois países continua em vigor, mas que o governo britânico não pode prosseguir com as negociações diante de um governo israelense que, segundo ele, está promovendo políticas “escandalosas” em Gaza e na Cisjordânia.

Exército israelense mostra tropas em nova operação terrestre em Gaza

Exército israelense mostra tropas em nova operação terrestre em Gaza

Em uma declaração conjunta, o presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros canadense, Mark Carney, e britânico, Keir Starmer, condenam a "odiosa linguagem usada recentemente por membros do governo israelense" e advertem que o deslocamento forçado permanente de civis viola o direito internacional humanitário.

Os três líderes prometem que não ficarão "de braços cruzados" enquanto o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, "continua com essas ações escandalosas".

"Israel sofreu um atentado atroz em 7 de outubro. Sempre apoiamos o direito de Israel de defender os israelenses contra o terrorismo, mas esta escalada é totalmente desproporcional. Se Israel não puser fim à nova ofensiva militar nem interromper suas restrições à ajuda humanitária, adotaremos outras medidas concretas em resposta", disseram os líderes, sem informar quais seriam essas ações.

Sobre a conferência prevista para 18 de junho em Nova York sobre a solução de dois Estados, prometem "trabalhar com a Autoridade Palestina, os parceiros regionais, Israel e Estados Unidos para alcançar um consenso sobre as disposições para o futuro de Gaza, baseado no plano árabe".

"Estamos decididos a reconhecer um Estado palestino como contribuição para a realização de uma solução de dois Estados, e estamos dispostos a trabalhar com outros para tal fim", acrescentaram os líderes da França, Canadá e Reino Unido.

Segundo o último relatório do ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelense já deixou mais de 53.486 mortos no território, número considerado confiável pela ONU.

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