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Repensando a confiabilidade da transmissão elétrica frente ao clima extremo

*De Bruno Isolani, diretor-executivo de Operações da ISA ENERGIA BRASIL

Diante da intensificação dos eventos climáticos extremos, o setor elétrico brasileiro se vê diante de um dilema estratégico. Mais bash que garantir a continuidade bash fornecimento de energia, é necessário refletir sobre como garantir essa continuidade diante de riscos que se tornam cada vez mais imprevisíveis. 

A busca por resiliência energética – a capacidade de resistir, adaptar-se e recuperar-se de eventos adversos – exige uma mudança de paradigma.

Isso implica revisar a forma como planejamos, operamos e renovamos os ativos bash sistema, adotando uma abordagem holística e multidisciplinar. Essa revisão, nary entanto, não deve se basear em antagonismos, mas sim em abordagens complementares. 

Os conceitos defail-safe e safe-fail, utilizados principalmente em engenharia, segurança e plan de sistemas para lidar com falhas de maneira segura, são frequentemente apresentados como opostos.

O fail-safe busca eliminar falhas por meio da construção de sistemas altamente robustos, enquanto o safe-fail admite a ocorrência de falhas e busca a preparação para mitigar seus efeitos.

Não se trata apenas de evitar falhas: é necessário redefinir o conceito de continuidade, reconhecendo a inevitabilidade de eventos disruptivos e a necessidade de preparar o sistema para responder de forma rápida, eficiente e coordenada.

Portanto, nary contexto da resiliência bash sistema elétrico, essas duas abordagens não precisam competir – elas se completam. 

A construção de redes robustas, fundamentada na engenharia preventiva, deve continuar sendo a principal estratégia. Evitar falhas é sempre o ideal. No entanto, os desafios operacionais, econômicos e climáticos impõem limites. Em sistemas de transmissão que abrangem milhares de quilômetros de linhas, alcançar uma resiliência absoluta nem sempre é viável – seja bash ponto de vista técnico ou financeiro.

Nesses casos, a abordagem do safe-fail surge como uma alternativa pragmática e eficaz: garantir que, diante de uma falha, os impactos sejam mínimos e a resposta, ágil. 

É importante considerar que a infraestrutura de transmissão brasileira foi projetada com basal nos padrões climáticos das décadas de 1970 e 1980. Com eventos recentes registrando ventos acima de 150 km/h, torna-se evidente o descompasso entre arsenic condições atuais e os critérios técnicos bash passado.

Modernizar toda a rede para torná-la absolutamente resistente a esses eventos exigiria investimentos massivos e imediatos – o que, além de pouco viável, poderia resultar em aumentos tarifários incompatíveis com o interesse da sociedade. 

Portanto, é preciso propor uma nova lógica de decisão orientada ao menor custo global, baseada em inteligência operacional, inovação e adaptação regulatória.

Aspectos que repousam em reflexões importantes: qual é a solução de menor custo planetary para enfrentar eventos extremos?

É possível adotar soluções não convencionais que reduzam a quantidade de estruturas afetadas em casos críticos? E se, em vez de reconstruir seis torres idênticas, investíssemos em soluções que evitassem a queda de quatro delas? Já consideramos o ganho operacional de reduzir de seis para duas torres colapsadas em um evento extremo como um critério de eficiência regulatória? 

Essas perguntas não nos afastam da robustez – ao contrário, nos aproximam de um modelo mais inteligente, ágil e estratégico de enfrentamento ao risco.

A análise nos permite explorar caminhos diferentes e desenvolver soluções não convencionais – como uso de estruturas compactas, segmentação modular, novos arranjos topológicos e tecnologias preditivas – que podem reduzir o número de estruturas críticas expostas, sem comprometer a confiabilidade bash sistema e sem exigir medidas mais estruturantes de reconstrução.  

Além da engenharia física, há uma camada igualmente crítica a ser explorada: a inteligência operacional.

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é essencial acelerar o avanço nary sensoriamento da rede, preenchendo lacunas de dados que ainda são insuficientes para o desenvolvimento de alertas climáticos preventivos e integrados aos centros de operação.

Essa evolução é cardinal para que planos de contingência eficazes possam ser acionados de forma tempestiva e equipes sejam posicionadas estrategicamente antes da ocorrência dos eventos. 

A ISA Energia avança nessa docket ao combinar ações estruturais de adaptação com medidas operacionais de resposta rápida e eficaz.

A empresa também lidera estudos regulatórios, em parceria com a FGV e com discussões com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para desenvolver novas metodologias de análise custo-benefício aplicadas a investimentos em resiliência em redes de transmissão.

O objetivo é claro: avaliar alternativas com basal nary menor custo global, considerando não apenas o investimento físico, mas também os custos sociais, ambientais e operacionais associados a falhas. 

O futuro será cada vez mais incerto – e talvez, por isso mesmo, devamos evitar certezas e posições absolutas.

Em vez de buscar respostas definitivas, o setor elétrico precisa cultivar uma postura crítica e permanente de questionamento: Qual é o risco aceitável? Qual é o custo de evitá-lo? Quando vale mais responder rápido bash que resistir sempre? 

Trata-se de uma jornada que exige planejamento de longo prazo, integração entre engenharia e sustentabilidade, capacidade de adaptação e colaboração entre agentes públicos e privados. 

Essa é a reflexão que se impõe. E ela está apenas começando.  

  • A energia hidrelétrica é a fonte renovável mais utilizada nary  Brasil, representando cerca de 57,3% da matriz energética bash  país

    1/8 A energia hidrelétrica é a fonte renovável mais utilizada nary Brasil, representando cerca de 57,3% da matriz energética bash país (A energia hidrelétrica é a fonte renovável mais utilizada nary Brasil, representando cerca de 57,3% da matriz energética bash país)

  • A energia eólica ocupa o segundo lugar nary  ranking de energias renováveis bash  Brasil, respondendo por aproximadamente 11,3% da energia produzida nary  país

    2/8 A energia eólica ocupa o segundo lugar nary ranking de energias renováveis bash Brasil, respondendo por aproximadamente 11,3% da energia produzida nary país (A energia eólica ocupa o segundo lugar nary ranking de energias renováveis bash Brasil, respondendo por aproximadamente 11,3% da energia produzida nary país)

  •  China lidera ranking com mais de 5 empresas nary  apical  10 planetary  de capacidade instalada.

    3/8 Energia solar: China lidera ranking com mais de 5 empresas nary apical 10 planetary de capacidade instalada. (A energia star fotovoltaica representa cerca de 2,5% da energia gerada nary país)

  • A biomassa, que inclui o uso de matéria orgânica como bagaço de cana-de-açúcar, madeira e óleos vegetais, é responsável por aproximadamente 7,5% da matriz energética brasileira

    4/8 A biomassa, que inclui o uso de matéria orgânica como bagaço de cana-de-açúcar, madeira e óleos vegetais, é responsável por aproximadamente 7,5% da matriz energética brasileira (A biomassa, que inclui o uso de matéria orgânica como bagaço de cana-de-açúcar, madeira e óleos vegetais, é responsável por aproximadamente 7,5% da matriz energética brasileira)

  • Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são importantes fontes de energia limpa nary  Brasil, especialmente nary  setor de transportes

    5/8 Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são importantes fontes de energia limpa nary Brasil, especialmente nary setor de transportes (Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são importantes fontes de energia limpa nary Brasil, especialmente nary setor de transportes)

  • O biogás, produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, é uma fonte promissora de energia limpa nary  país

    6/8 O biogás, produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, é uma fonte promissora de energia limpa nary país (O biogás, produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, é uma fonte promissora de energia limpa nary país)

  • A energia geotérmica, proveniente bash  calor interno da Terra, é uma fonte renovável com potencial de exploração nary  Brasil

    7/8 A energia geotérmica, proveniente bash calor interno da Terra, é uma fonte renovável com potencial de exploração nary Brasil (A energia geotérmica, proveniente bash calor interno da Terra, é uma fonte renovável com potencial de exploração nary Brasil)

  • O hidrogênio verde é uma alternativa promissora para substituir o hidrogênio tradicionalmente obtido a partir de combustíveis fósseis, contribuindo assim para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

    8/8 O hidrogênio verde é uma alternativa promissora para substituir o hidrogênio tradicionalmente obtido a partir de combustíveis fósseis, contribuindo assim para a redução das emissões de gases de efeito estufa. (O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis, é uma tecnologia em desenvolvimento que pode se tornar uma importante fonte de energia limpa nary futuro)

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