O ROG Xbox Ally X é um portátil que integra, em um único componente, os serviços do console da Microsoft às produções da Asus. Lançado em outubro deste ano como uma versão premium do ROG Xbox Ally, o dispositivo chegou ao Brasil somente no dia 1° de janeiro, e tem como grande diferencial a disponibilização do Xbox Game Pass de maneira nativa em um aparelho que já permite jogar games de PC do Steam e outros aplicativos de terceiros. Com chips AMD potentes, drips ergonômicos, tela de 120Hz com 7 polegadas e ajustes de software, a promessa é de um produto gamer completo, que pode ser carregado e utilizado em qualquer lugar.
Apesar de todos os pontos positivos, o preço de R$ 9.998 pesa negativamente para o console que, durante os testes, entregou um desempenho abaixo do esperado, mesmo com jogos com configurações gráficas no "Low". Com potencial de revolucionar o mercado de jogos no futuro, o ROG Xbox Ally X pode parecer em alguns pontos, nesse momento, um produto ainda em versão Beta. O TechTudo foi convidado pela Xbox Brasil para testar com antecedência o ROG Xbox Ally X por uma semana e conta, em detalhes, as nossas impressões sobre o produto. Confira!
Review: ROG Xbox Ally X é promissor, mas desempenho decepciona; testamos — Foto: Victor Bastos/TechTudo Vale a pena comprar um ROG Xbox Ally X?
O ROG Xbox Ally X chega ao Brasil com preço sugerido de R$ 9.998, enquanto sua versão inferior custa R$ 5.998, valor competitivo quando comparado ao Lenovo Legion Go 2, topo de linha que pode ser encontrado por mais de R$ 15 mil no varejo. Dito isso, precisamos entender que não é um dispositivo barato. Não me leve a mal, o Xbox Ally é sim um componente brilhante de tecnologia, mas ainda não está em um nível que justifique o investimento por esse valor.
O desempenho cravado em pouco mais de 30 fps, mesmo no modo "Turbo", conectado a uma tomada e com configurações no "Low" é um ponto de atenção. Além disso, ainda falta uma melhor interação entre a versão desktop com a experiência em tela cheia do Xbox. Testei por cerca de uma semana o ROG Xbox Ally X e posso afirmar que, por enquanto, pode não valer a pena a compra. Confira mais detalhes sobre minha análise completa do produto.
Especificações do ROG Xbox Ally X
Ficha técnica - ROG Xbox Ally X
| Especificações | Xbox Ally X |
| Data de lançamento | 16 de outubro de 2025 |
| Sistema operacional (SO) | Windows 11 Home |
| Processador | AMD Ryzen AI Z2 Extreme |
| Armazenamento | SSD M.2 2280 de 1 TB |
| Memória RAM | 24 GB |
| Tela | 7 polegadas, 1080p, 120Hz, IPS |
| Conectividade | Wi-Fi 6E + Bluetooth 5.4 |
| Bateria | 80 Wh |
Design ergonômico e confortável ⭐⭐⭐⭐⭐
O Xbox Ally X mede 29 cm de comprimento, 12 cm de altura e 5 cm de espessura no ponto mais grosso. Além de maior, ele também é mais pesado quando comparado ao Ally X: 718 g contra 676 g. Com quase 1 kg, o dispositivo poderia se tornar cansativo durante o uso, mas isso não acontece devido a uma escolha extremamente inteligente da Asus, que uniu os aprendizados de lançamentos anteriores com a pegada do controle do Xbox.
É extremamente confortável usar o ROG Xbox Ally X. E isso acontece devido a uma pegada melhor trabalhada pela Asus, que garante prolongadas horas de uso sem aquela sensação pesada nas mãos. Para isso, empunhaduras mais confortáveis foram adicionadas, facilitando o manuseio do console. Ponto extremamente positivo.
ROG Xbox Ally X — Foto: Victor Bastos/TechTudo Na parte superior do aparelho, o ROG Xbox Ally X entrega duas entradas USB-C, um leitor de MicroSD, botão de energia e a entrada de fone. Já em relação aos botões, existem alguns pontos curiosos. O primeiro deles é a existência de dois que, em teoria, têm uma função semelhante. O botão do Armoury Crate, que agora fica do lado esquerdo da tela, e que abre a aba Asus Control Center dentro da Xbox Game Bar, fica ao lado de um botão maior do Xbox, que também ativa a Game Bar. Isso não só torna o recurso do Armoury Crate confuso, como completamente dispensável.
Os outros botões estão posicionados da mesma maneira que em controles do Xbox. Um destaque vai para os gatilhos, que funcionam muito bem e entregam imersão, como vibração conforme certas ações, em jogos compatíveis.
ROG Xbox Ally X — Foto: Victor Bastos/TechTudo Uma crítica, contudo, está nos botões traseiros, que podem ser remapeados e usados em games. Apesar de terem uma função extremamente útil, eles são pequenos e estão em uma posição que exige certo esforço, sendo ruim para pessoas com mãos pequenas, por exemplo. Uma sugestão seria mantê-los na própria empunhadura, exatamente onde os dedos do meio se posicionam.
Tela teve poucas mudanças, mas esquenta o aparelho ⭐⭐⭐⭐
O ROG Xbox Ally X chega com poucas mudanças quando comparamos a tela dele com a do ROG Ally X. Ao todo, são 7 polegadas (aproximadamente 18 cm), com 1080p, 120 Hz e suporte ao FreeSync Premium, a tecnologia de taxa de atualização variável da AMD. De fato, não é a melhor tela do segmento no mercado, mas funciona bem com o chip Z2 Extreme, e entrega aquilo que se propõe.
O brilho da tela chega a 500 nits, o que não atrapalhou minha experiência mesmo em ambientes mais iluminados. Já em relação ao tempo de resposta, o componente de 120 Hz está um pouco abaixo de outros modelos do segmento, mas não interfere na experiência. Afinal, poucas vezes será possível aproveitar os games com taxas de quadros superiores aos 50 fps.
ROG Xbox Ally X — Foto: Victor Bastos/TechTudo Um ponto negativo, contudo, está na refrigeração, que puxa ar frio pelas entradas traseiras e expulsa o ar quente pela saída superior. Apesar de funcionar em configurações mais modestas, quando testado ao máximo - no modo Turbo e com tela no brilho máximo -, o processador pode esquentar e deixar o display quente.
Experiência portátil do Xbox impressiona, mas nem tudo são flores ⭐⭐⭐
Para iniciar, é necessário afirmar que tanto a linha ROG Ally quanto a ROG Xbox Ally rodam Windows. Por isso, o ROG Ally funciona como um notebook gamer, que demanda ao usuário a abertura de programas e pastas para dar acesso aos games. Vale destacar que essas seções são controladas somente por mouse e teclado, ou via touchscreen. Assim, o joystick e os botões eram meros coadjuvantes, e só poderiam ser usados no momento da gameplay.
Já o Xbox Ally X muda essa perspectiva, e entrega uma experiência em tela cheia do produto, como se fosse um aplicativo instalado no celular. Quando comparado ao modelo anterior da Asus, o Xbox Ally X se sobressai principalmente nos menus, devido à interação do controle com os teclados e interfaces do portátil, que ganha um papel central na experiência, assim como acontece desde o primeiro Xbox.
Logo ao finalizar as configurações do dispositivo — que exigem paciencia do consumidor, afinal demora cerca de duas horas para o console ficar pronto para uso —, o portátil inicia o app do Xbox, com destaque central ao Xbox Game Pass. Eu, particularmente, joguei por quase 10 anos no Xbox One, e afirmo que a experiência de menus foi muito semelhante. O que impressiona é a adaptabilidade do software da Microsoft ao portátil, mostrando a versatilidade do produto de jogos em nuvem que se tornou o foco da empresa nos últimos anos.
ROG Xbox Ally X — Foto: Victor Bastos/TechTudo Outro fator que encanta é a possibilidade de download de apps de terceiros, como pela Biblioteca do dispositivo. O Steam já vem pré-instalado e, também, entrega uma experiência em tela cheia.
Mas, como o entretítulo sugere, há pontos negativos. A experiência com o Xbox Fullscreen Experience, no geral, ainda é confusa e pouco intuitiva. Nunca tive um console da linha, e penei para entender como me virar. Ao todo, existem três tipos de atualizações vitais para o uso: Windows, Xbox (via Microsoft Store) e Armory Crate, mas nenhuma delas é integrada.
As do Armory Crate, necessárias para atualizar drivers e BIOS, inclusive, não foram bem sucedidas por aqui. Alguns erros atrapalharam a conclusão do download, mas o principal deles é o fato da tela apagar e interromper a atualização. No geral, isso é um ponto que me chama atenção, afinal, downloads em segundo plano, mesmo com a tela apagada, deveriam ser incorporadas nativamente no sistema, na minha visão.
Além disso, a experiência de abrir jogos da Steam, por exemplo, é completamente diferente do Xbox. Em alguns momentos surgem janelas e pop-ups de firewall indevidos. Em outros acontecem até casos em que o jogo inicia sem exibir a janela, exigindo alternância manual. Conclusão, tudo fora do guarda-chuva da Microsoft parece um teste até agora, e exige melhorias breves para entregar uma experiência premium a um dispositivo dito premium.
Desempenho peca em jogos pesados ⭐⭐⭐
O ROG Xbox Ally X é um console portátil. Por isso, precisamos ter uma expectativa razoável sobre o produto. É claro que ele não vai entregar os melhores gráficos e uma performance acima da média, mesmo que esse seja a versão mais parruda. Entretanto, o que observei nos meus testes me decepcionou. Com chip AMD Ryzen AI Z2 Extreme e 24 GB de memória RAM LPDDR5X, ligeiramente superior ao do ROG Ally X, o resultado que tive foi jogos rodando em cerca de 30 fps, mesmo com configurações gráficas no "Low". Novamente, é um console portátil, mas esperava um resultado superior em um produto premium.
Ao todo, são quatro funções de desempenho que o console entrega. A "Turbo", minha preferida, é a que mais gasta bateria, e deve ser usada quando o portátil estiver conectado a uma fonte de energia. Com ela, tive picos de 40 fps durante uma gameplay de Clair Obscur: Expedition 33, o que não atrapalha, mas pode ser desafiador para jogos competitivos.
ROG Xbox Ally X — Foto: Victor Bastos/TechTudo Em jogos que não fazem parte do Xbox Game Pass, percebi uma perda maior de qualidade. Um exemplo foi no game InZoi, que, além de não ter um bom suporte para jogar no controle (culpa do título), apresentou grandes perdas de quadros e, em determinado momento, fechou abruptamente, como se pedisse socorro.
Mesmo com esses pontos de atenção, é inegável como é interessante poder jogar na palma da mão títulos que, em muitos PCs, rodariam com dificuldade. Acredito que, em poucos anos, esses aspectos serão superados.
Bateria poderia ser melhor ⭐⭐⭐
Novamente, esse é um console portátil. É difícil esperar uma bateria satisfatória em um dispositivo tão pequeno. De todo modo, me decepcionei com o tempo de uso que consegui com o ROG Xbox Ally. Quando configurado para ser usado como um computador, sua bateria pode durar mais de 9h. Mas, quando compramos um aparelho como esse, queremos usar para jogar, certo? Nesse caso, consegui usar por pouco mais de 2h30 antes dele sinalizar a falta de bateria, enquanto performava Clair Obscur Expedition 33 em sua tela.
⭐ Nota final do ROG Xbox Ally X: 3.6/5 estrelas
*O jornalista Victor Bastos testou o ROG Xbox Ally X a convite da Xbox Brasil
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