Segundo o Serviço Secreto, a rede descoberta era composta por mais de 300 servidores de cartões SIM (de telefonia para celulares) equipados com mais de 100 mil chips de celular e estava conectada à rede de telecomunicações de Nova York, o que representava uma ameaça iminente à cidade.
Ainda de acordo com os investigadores da agência, a rede clandestina tinha o potencial de impedir o funcionamento de torres de telefonia celular pela cidade, o que bloquearia chamadas de emergência e afetaria a resposta a eventuais ataques terroristas.
Segundo a agência de notícias Associated Press, a descoberta representa uma das mais amplas ameaças de comunicação já descobertas nos Estados Unidos. O Serviço Secreto disse estar investigando o caso. (Leia mais detalhes sobre a descoberta abaixo)
Um eventual apagão nas comunicações já teria efeitos severos no funcionamento da cidade, porém este momento é considerado mais crítico por conta da Assembleia Geral da ONU. Por conta do evento, líderes estrangeiros lotam hotéis no centro de Manhattan e comboios presidenciais congestionam as ruas da cidade.
O Serviço Secreto disse não ter encontrado nenhum complô direto para atrapalhar a Assembleia Geral da ONU e ressaltaram que não há ameaças conhecidas contra a cidade de Nova York neste momento.
Servidores com chips SIM clandestinos conectados à rede de telefonia de Nova York apreendidos pelo Serviço Secreto em 22 de setembro de 2025. — Foto: Serviço Secreto dos EUA via AP
Uma investigação mais ampla levou a essa descoberta
A rede foi descoberta como parte de uma investigação mais ampla do Serviço Secreto sobre ameaças de telecomunicações direcionadas a altos funcionários do governo, segundo os investigadores.
Espalhados por vários locais, os servidores funcionavam como bancos de celulares falsos, capazes de gerar chamadas e mensagens em massa, sobrecarregar redes locais e mascarar comunicações criptografadas de criminosos, disseram as autoridades americanas.
A análise forense ainda está em estágio inicial, mas os agentes acreditam que atores estatais — perpetradores ligados a determinados países — usaram o sistema para enviar mensagens criptografadas a grupos do crime organizado, cartéis e organizações terroristas, disse McCool. As autoridades não revelaram até agora detalhes sobre os governos ou grupos criminosos vinculados à rede.
“Precisamos fazer perícia em 100 mil celulares, essencialmente todas as ligações, todas as mensagens de texto, qualquer coisa relacionada a comunicações, ver para onde esses números levam”, disse McCool, observando que o processo levará tempo.
Uma operação extensa e cara
Quando os agentes entraram nos locais, encontraram fileiras de servidores e prateleiras cheias de chips SIM. Mais de 100 mil já estavam ativos, segundo investigadores, mas havia também grandes quantidades aguardando para serem implantadas — evidência de que os operadores se preparavam para dobrar ou até triplicar a capacidade da rede, disse McCool. Ele descreveu o esquema como uma operação altamente organizada e bem financiada, que custou milhões de dólares apenas em hardware e cartões SIM.
A operação tinha a capacidade de enviar até 30 milhões de mensagens de texto por minuto, afirmou McCool.
“A missão de proteção do Serviço Secreto dos EUA é toda voltada para a prevenção, e esta investigação deixa claro para possíveis agentes mal-intencionados que ameaças iminentes contra nossos protegidos serão imediatamente investigadas, rastreadas e desmanteladas”, disse o diretor da agência, Sean Curran, em comunicado.
As autoridades também alertaram para o caos que a rede poderia ter causado se não tivesse sido desativada. McCool comparou o impacto potencial aos apagões de telefonia celular que ocorreram após os atentados de 11 de setembro e a explosão na Maratona de Boston, quando as redes colapsaram devido à sobrecarga. Neste caso, disse ele, os atacantes teriam sido capazes de forçar esse tipo de colapso no momento que escolhessem.
“Poderia haver outras [redes]?”, disse McCool. “Seria imprudente pensar que não existem outras sendo montadas em outras cidades dos Estados Unidos.”

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            1 mês atrás
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