De um lado, 2021 foi ano de uma supersafra de soja, que injetou, conforme o Ministério da Agricultura, R$ 50,6 bilhões brutos na economia do Rio Grande do Sul. De outro, aquele ano ainda apresentou as consequências da pandemia em alguns setores da economia mais sensíveis e dependentes do cenário externo. Em Gravataí, por exemplo, o complexo da General Motors apresentou volume bruto de vendas em 2021 de R$ 6,8 bilhões, a metade dos resultados de 2019, antes da pandemia. São números que refletem na divulgação do PIB municipal do Estado em 2021. Com o setor agropecuário aquecido, reduziu a participação dos grandes centros urbanos e mais industrializados no PIB estadual, aumentando o de municípios de menor porte, com a economia mais relacionada ao campo. O resultado foi um crescimento de 9,3% no PIB do Rio Grande do Sul em relação a 2020, chegando a R$ 581,2 bilhões
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De um lado, 2021 foi ano de uma supersafra de soja, que injetou, conforme o Ministério da Agricultura, R$ 50,6 bilhões brutos na economia do Rio Grande do Sul. De outro, aquele ano ainda apresentou as consequências da pandemia em alguns setores da economia mais sensíveis e dependentes do cenário externo. Em Gravataí, por exemplo, o complexo da General Motors apresentou volume bruto de vendas em 2021 de R$ 6,8 bilhões, a metade dos resultados de 2019, antes da pandemia. São números que refletem na divulgação do PIB municipal do Estado em 2021. Com o setor agropecuário aquecido, reduziu a participação dos grandes centros urbanos e mais industrializados no PIB estadual, aumentando o de municípios de menor porte, com a economia mais relacionada ao campo. O resultado foi um crescimento de 9,3% no PIB do Rio Grande do Sul em relação a 2020, chegando a R$ 581,2 bilhões
Os 10 municípios com maior PIB do Rio Grande do Sul concentraram, em 2021, 37,16% do total do Estado. Em 2020, eles representavam 40,4%. Porto Alegre, por exemplo, manteve a liderança como o maior PIB gaúcho, chegando a R$ 81,5 bilhões (R$ 5,4 bilhões a mais do que em 2020), no entanto, teve perda de 2,10 pontos percentuais em relação à participação no Estado.
Enquanto Rio Grande, que tem as indústrias química, de alimentos e os serviços diretamente relacionados com o agro, subiu quatro posições no ranking dos maiores PIBs municipais gaúchos, chegando ao 4º lugar com um aumento de 0,17 pontos percentuais na participação na economia gaúcha, e Passo Fundo, também com a indústria e os serviços muito ligados ao campo, manteve o 6º lugar e a participação percentual estável, Gravataí caiu cinco posições, passando a ocupar o 9º lugar, com queda de 0,49 pontos percentuais na participação do PIB gaúcho.
O fiel da balança esteve em Triunfo, sobretudo pelos resultados do Polo Petroquímico em 2021. Triunfo foi o município com maior alta no ranking. Subiu sete posições, entrando nas 10 principais economias do Estado e desbancando Santa Cruz do Sul. Triunfo fechou 2021 como o 5º maior PIB do Rio Grande do Sul (R$ 12,9 bilhões), e uma alta de 0,70 pontos percentuais na participação dentro da economia gaúcha.
"O setor químico, e principalmente o petroquímico, não foi muito afetado pelos efeitos ou perdas da pandemia. Teve ainda um ano de volume e preço muito favorável. É normal essa variação, ano a ano, em Triunfo, que tem a economia muito dependente deste único setor produtivo, e como o levantamento é comparativo com outros setores, que se apresentaram mais vulneráveis, o setor petroquímico acaba se sobressaindo", avalia o economista do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Vinícius Fantinel.
Avaliando os cenários futuros, como o difícil ano de 2023 para a produção no Polo Petroquímico, por exemplo, a projeção de perdas futuras também é possível.
"Quando o momento é de alta no setor petroquímico, o PIB de Triunfo, principalmente quando considerado os números per capita, que é o maior do Estado, sobe muito. Mas quando é um momento de baixa, o PIB também baixa bastante no município", explica o economista.
Com agro em alta, aumenta distribuição do PIB
A descentralização um pouco maior dos números do PIB municipal em 2021 refletiu diretamente no aumento da participação do Rio Grande do Sul no PIB nacional naquele ano. O Estado foi o que teve o maior crescimento do índice no País, ultrapassando o Paraná e voltando a figurar como o quarto estado em participação no Brasil. Os R$ 581,2 bilhões representam 6,45% do PIB do Brasil. Porto Alegre, que tem o 9º maior PIB do Brasil, Caxias do Sul (41º) e Canoas (56º) são os três municípios gaúchos que figuram entre os 100 maiores do país _ mesmo número de municípios que figuravam no ranking dos 100 maiores no ano anterior.
Para que se tenha uma ideia, Tupanciretã quase dobrou o seu PIB, chegando a R$ 2,05 bilhões, saltando o 78º lugar em 2020 para o 57º em 2021, representando 0,35% do PIB do Estado (0,10 pontos percentuais acima do ano anterior). O município da Região Central, que tem destaque pelo volume de soja produzido, acumulou o segundo maior Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária no Rio Grande do Sul em 2021, atrás somente de Alegrete, que manteve o primeiro lugar de 2020.
"Observamos que o resultado do PIB de 2021 está muito relacionado ao ano bastante positivo da agropecuária. Houve um crescimento 107,4% no valor do PIB deste setor em relação a 2020. Na indústria, o crescimento foi bem menor, de 27,2%, e nos serviços, 9,8%. Então, todos os municípios que têm alto grau de dependência do agro ganharam muito em participação", diz Fantinel.
Segundo ele, um resultado que não se limitou à soja. Alegrete, Dom Pedrito e São Gabriel, que estão entre os cinco maiores VABs agropecuários gaúchos, também têm destaque no plantio do arroz.
"Mas, é claro, todos produzem também soja, e refletem o avanço dessa cultura a praticamente todas as regiões do Estado", comenta o economista.
Conforme o DEE, 214 municípios gaúchos (43,1%) têm a atividade agrícola como a principal nas suas economias.
OS 10 MAIORES PIB DO RS EM 2021:
1° Porto Alegre R$ 81,5 bilhões 14,03% do RS (1º em 2020)
2° Caxias do Sul R$ 31,6 bilhões 5,45% do RS (2º em 2020)
3° Canoas R$ 21,9 bilhões 3,78% do RS (3º em 2020)
4° Rio Grande R$ 13,2 bilhões 2,28% do RS (7º em 2020)
5° Triunfo R$ 12,9 bilhões 2,23% do RS (12º em 2020)
6° Passo Fundo R$ 12,5 bilhões 2,16% do RS (6º em 2020)
7° São Leopoldo R$ 10,8 bilhões 1,87% do RS (8º em 2020)
8° Pelotas R$ 10,7 bilhões 1,85% do RS (9º em 2020)
9° Gravataí R$ 10,2 bilhões 1,77% do RS (4º em 2020)
10° Novo Hamburgo R$ 10,03 bilhões 1,73% do RS (10º em 2020)
OS 5 MAIORES VABS DA AGROPECUÁRIA EM 2021:
1° Alegrete R$ 1,1 bilhão 1,51% do RS
2° Tupanciretã R$ 1,09 bilhão 1,46% do RS
3° Dom Pedrito R$ 1,05 bilhão 1,40% do RS
4° São Gabriel R$ 1,04 bilhão 1,39% do RS
5° Palmeira das Missões R$ 980,8 milhões 1,31% do RS
OS 5 MAIORES VABS DA INDÚSTRIA EM 2021:
1° Caxias do Sul R$ 9,5 bilhões 7,92% do RS
2° Canoas R$ 8,3 bilhões 6,93% do RS
3° Triunfo R$ 7,1 bilhões 5,94% do RS
4° Porto Alegre R$ 6,5 bilhões 5,44% do RS
5° Rio Grande R$ 5,2 bilhões 3,50% do RS
OS 5 MAIORES VABS DE SERVIÇOS EM 2021:
1° Porto Alegre R$ 62,7 bilhões 20,52% do RS
2° Caxias do Sul R$ 16,5 bilhões 5,41% do RS
3° Canoas R$ 10,5 bilhões 3,43% do RS
4° Passo Fundo R$ 8,8 bilhões 2,88% do RS
5° Pelotas R$ 7,8 bilhões 2,55% do RS

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