A Black Friday, que acontece já na próxima sexta-feira (28), é a data mais aguardada pelos consumidores para trocar de celular. No entanto, junto das grandes promoções, surgem armadilhas como compras por impulso, golpes e as famosas ofertas “pela metade do dobro”. Em entrevista ao TechTudo, a especialista em educação financeira Nathalia Rodrigues, conhecida como Nath Finanças, revela que o segredo para economizar está em acompanhar preços ao longo do ano, entender sua real necessidade e avaliar com calma o que cada modelo oferece.
Sem planejamento, o consumidor pode acabar levando para casa um smartphone que não atende às suas demandas, envelhece rápido ou até perde o suporte de segurança pouco tempo depois da compra. Apesar de frequentemente ignorada por alguns usuários, a análise de atributos como memória RAM, política de atualizações e resistência à água é fundamental para evitar arrependimentos. A seguir, o TechTudo lista seis erros comuns que você não pode cometer na Black Friday. Confira.
Evite perder dinheiro na Black Friday: veja seis erros ao comprar um celular — Foto: Mariana Saguias/TechTudo Vai comprar celular na Black Friday? Você NÃO pode cometer esses 6 erros
O TechTudo elencou seis erros que muitos consumidores cometem e que devem ser evitados nesta Black Friday. A seguir, confira os tópicos a serem abordados nesta matéria:
- Ignorar o histórico de preços;
- Comprar um celular com 4 GB de RAM;
- Comprar um celular sem resistência à água;
- Aceitar telas com resolução HD+;
- Cair no mito dos megapixels;
- Esquecer de verificar a política de atualizações.
1. Ignorar o histórico de preços
Um dos erros mais frequentes na Black Friday é confiar cegamente no desconto anunciado. Muitos varejistas sobem o preço nas semanas anteriores e criam falsos descontos no dia da promoção, levando o consumidor a acreditar que está economizando. Em entrevista ao TechTudo, a especialista Nath Finanças reforçou que é preciso desconfiar de ofertas boas demais e sempre acompanhar a curva de preço ao longo do ano. Segundo ela, os descontos de verdade sempre valem a pena — a questão é acompanhar os preços para entender se a oferta é realmente vantajosa.
É necessário acompanhar o histórico de preços para não cair em uma "Black Fraude" — Foto: Reprodução/Mayara Souza com IA Para evitar cair em ciladas, o ideal é consultar ferramentas como Zoom, Buscapé, JáCotei e Proteste, que mostram o histórico de preços e alertam para variações suspeitas. Isso impede que o consumidor caia na pegadinha da “metade do dobro”. Além disso, é recomendável observar a idade do site, já que páginas recém-criadas são, provavelmente, golpe — uma prática comum nessa época do ano, especialmente em anúncios espalhados por redes sociais e aplicativos de mensagens.
Outro risco é comprar por impulso, comportamento que afetou 14% dos consumidores na Black Friday de 2024. A ansiedade de aproveitar uma oferta pode levar a escolhas ruins, especialmente quando o consumidor não define o modelo desejado antes das promoções. Nesse caso, planejar o gasto, saber o máximo que pode pagar e acompanhar preços com antecedência reduz drasticamente a chance de arrependimento e endividamento.
❌ O errado: comprar sem consultar histórico de preços;
✅ O certo: acompanhar preços em ferramentas como Zoom, Buscapé e JáCotei.
2. Comprar um celular com 4 GB de RAM
A memória RAM é responsável por manter aplicativos abertos e permitir alternância entre tarefas. Quando ela é limitada, o celular trava, recarrega telas o tempo todo e apresenta lentidão em atividades simples do dia a dia. Embora 4 GB de RAM ainda deem conta de tarefas básicas — como uso de redes sociais, WhatsApp e navegação —, o problema aparece quando o usuário começa a exigir mais agilidade, especialmente em multitarefas.
Esse tipo de configuração costuma aparecer em aparelhos de entrada lançados há mais de um ano, e muitos deles já não recebem tantas otimizações de sistema. Em versões modernas do Android, 4 GB é o mínimo do mínimo, e o sistema operacional em si já consome boa parte da memória.
Ao investir um pouco mais, o consumidor pode encontrar modelos com 6 ou 8 GB de RAM, que já entregam uma experiência muito mais fluida. Isso garante maior longevidade e evita frustrações com travamentos prematuros. Na Black Friday, a diferença de preço entre aparelhos com 4 GB e 6 GB costuma ser pequena, o que torna a troca um ótimo investimento para o futuro.
❌ O errado: comprar celulares com 4 GB de RAM;
✅ O certo: priorizar modelos com 6 GB ou mais.
3. Comprar um celular sem resistência à água
A resistência à água é um dos fatores mais ignorados pelos consumidores na hora da compra, mas faz toda a diferença na durabilidade do aparelho. Smartphones com certificações como IP67 e IP68 conseguem suportar submersão em água doce por tempo e profundidade específicos — geralmente entre 1 m e 1,5 m por até 30 minutos. Embora esses testes sejam feitos em laboratório e não garantam proteção absoluta, eles reduzem bastante os danos em acidentes comuns, como cair na pia, na poça ou tomar chuva forte.
Priorize celulares com resistência à água e à poeira — Foto: Reprodução/Motorola Sem essa certificação, qualquer respingo pode causar oxidação interna, danificando a placa-mãe e resultando em prejuízos altos. Se o celular sem resistência cair na água, mesmo que por alguns segundos, a garantia não cobre danos por líquidos. Já em smartphones com certificação IP, o usuário tem respaldo do Código de Defesa do Consumidor caso o dano ocorra dentro das condições anunciadas, podendo solicitar reparo, troca ou ressarcimento.
❌ O errado: comprar celulares sem certificação IP67 ou IP68;
✅ O certo: escolher modelos com resistência à água.
4. Aceitar telas com resolução HD+
Muitos celulares “baratinhos” utilizam resolução HD+ (720p), que pode ser aceitável em telas pequenas, mas se torna um problema em displays grandes — especialmente os com mais de 6,5 polegadas. Nesses casos, a densidade de pixels é mais baixa, e vídeos ficam menos nítidos, textos parecem serrilhados, e a experiência geral é inferior, principalmente para quem passa horas assistindo a séries, jogando ou lendo notícias no smartphone.
Escolha um celular com tela Full HD+ (1080p) ou superior para evitar arrependimentos logo nas primeiras semanas de uso — Foto: Amanda Zola/TechTudo A economia na resolução é uma das formas mais comuns que fabricantes encontram para baixar o preço. Entretanto, ao considerar o uso diário, uma tela Full HD+ (1080p) oferece salto significativo em definição, contraste e conforto visual. Além disso, muitos celulares com resolução maior também trazem brilho mais forte, cores melhores e taxas de atualização de 90 Hz ou 120 Hz, para animações mais fluidas.
Embora o HD+ ainda apareça em celulares lançados entre 2023 e 2025, especialmente na faixa dos R$ 900, a diferença de qualidade é perceptível. Em novembro, vários modelos com tela Full HD+ entram em promoção, e pagar um pouco mais por essa melhora na experiência pode evitar arrependimentos logo nas primeiras semanas de uso.
❌ O errado: comprar celulares com resolução apenas HD+;
✅ O certo: priorizar telas Full HD+ (1080p) ou superiores.
5. Cair no mito dos megapixels
Muita gente acredita que quanto mais megapixels houver, melhor será a câmera, mas isso não passa de um mito. Uma câmera de 12 MP com sensor grande pode produzir fotos muito superiores às de modelos de entrada com 50 MP, 64 MP ou até 108 MP. Megapixel só indica o tamanho da imagem, não a qualidade final — fatores como tamanho do sensor, tipo de lente, abertura, estabilização óptica e pós-processamento fazem muito mais diferença.
Evite escolher celulares apenas pelo número de megapixels, ele não define a qualidade da câmera — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo Além disso, a maioria das fotos vistas em redes sociais não utiliza nem 2 MP do arquivo original. Isso significa que aqueles 50 MP que brilham no anúncio não são aproveitados no dia a dia. Aqui no TechTudo, é possível acompanhar comparativos e reviews com análises que ajudam a identificar câmeras fracas, apesar de números chamativos. Muitos aparelhos de entrada têm sensores pequenos e processamento limitado, de forma que tiram fotos boas apenas em ambientes bem iluminados.
❌ O errado: escolher celulares apenas pelo número de megapixels;
✅ O certo: ver reviews, comparar fotos reais e priorizar OIS, sensor grande e boa abertura.
6. Esquecer de verificar a política de atualizações
Por fim, chegamos a um dos erros mais perigosos — e menos comentados. Comprar um celular antigo só porque está barato pode significar adquirir um produto sem suporte de software e segurança, o que deixa o smartphone mais vulnerável a ameaças. Celulares Android costumam ter prazos variados de atualizações: a Samsung aparece na frente, com até sete anos em alguns modelos, mas marcas como Xiaomi e Motorola, em grande parte dos aparelhos, liberam menos updates.
Celulares da Samsung e da Apple costumam receber mais atualizações — Foto: Isadora Lima/TechTudo Caso o usuário compre um modelo lançado há três anos, ele pode ter apenas alguns meses restantes de suporte. Isso encurta drasticamente a vida útil do aparelho — mesmo que o hardware ainda seja bom. Além disso, sistemas desatualizados recebem menos recursos novos, têm mais bugs e ficam incompatíveis com apps recentes. No iPhone, o suporte costuma durar mais, mas modelos muito antigos também deixam de receber versões novas do iOS.
Antes de fechar a compra na Black Friday, sempre confirme quantos anos de suporte aquele modelo ainda terá. Celulares recém-lançados ou com promessa clara de atualizações tendem a durar mais e oferecem muito mais segurança no uso diário.
❌ O errado: comprar celulares antigos sem suporte garantido;
✅ O certo: verificar a política de atualizações da marca antes de comprar.
🎥 5 coisas para NÃO fazer nessa Black Friday — e evitar golpes!
5 coisas para NÃO fazer nessa Black Friday — e evitar golpes!

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
5 dias atrás
6
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/Y/V/U8Daj7RYSertSCYZGMWw/251130-montagem-criancas-casadas-desktop.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2025/8/H/O0rlGvQgmUsHXCD2RsQw/tecnologi-air.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2024/I/v/LShxKsSiaZD3F2IJ1hfQ/captura-de-tela-2024-05-01-163804.png)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2024/b/j/xakO5oQPCQIf6ZhVDT8A/imagem-2024-07-11-174924014.png)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro